Amigas de Cara Marie Burke não deram importância às reclamações de que era agredida por Mohammed D'Ali Carvalho dos Santos, 20 anos, acusado do assassinato da menor de 17 anos.
Cara deixou Londres no mês de maio para morar com o goiano num apartamento alugado. Uma das garotas disse ao Grupo Estado que Mohammed não deixava Cara voltar para sua casa: "Ela disse que era maltratada, mas não demos atenção", disse D., 20 anos.
Segundo outra amiga, quando Cara caiu de uma mobilete ele não a ajudou a tratar dos ferimentos. "Era como se não fosse com ele", disse M., de 18 anos.
"Ele não era muito ligado nela", resumiu Ismael Cândido Barbosa, de 23 anos, que passou boa parte da infância ao lado de Mohammed, na Vila Moraes, em Goiânia. "Não entendi quando Mohammed disse 'fiz uma loucura' no dia seguinte. Ele disse que ela (Cara) estava morta. Custei a acreditar, achei que era efeito das drogas."
Mohammed contou a um policial ter convidado Cara para conversar: "Ela ficou um pouco lá, sentada no sofá. Eu peguei, passei por ela e meti a mão na boca dela. Aí eu comecei a furar ela", contou para o major da PM que o prendeu. O policial gravou a conversação pelo telefone celular.
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