O Inquérito Policial-Militar (IPM) instaurado para apurar cenas de tortura registradas no 20.º Batalhão de Infantaria Blindado (20.º BIB) foi concluído anteontem e aponta que os sargentos denunciados cometeram crimes militares de maus-tratos e colocaram em risco a vida e a saúde de colegas. Embora os militares tenham alegado, em depoimento, que as sessões de choque e afogamento denunciadas não passavam de uma brincadeira, eles também responderão por ofensa à ética e à honra e por transgressões graves da disciplina militar.
Desde o dia 16 de novembro, os 12 sargentos que aparecem nas cenas e várias testemunhas foram ouvidos pelo tenente-coronel Ilton Barbosa. O IPM foi encaminhado à Auditoria Militar, que remeterá o inquérito ao Ministério Público Militar para a instauração de denúncia-crime, se necessário. Enquanto isso, os acusados permanecem à disposição da Justiça Militar no 5.º Batalhão Logístico, de acordo com o porta-voz do Exército, major Carlos Augusto Sydrião.
A denúncia contra os sargentos foi apresentada em novembro pelo programa Fantástico, da Rede Globo. Cenas mostram militares sendo submetidos por veteranos a trotes que envolviam sessões de tortura com choques, ferro de passar e afogamento.
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