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A Corregedoria da Polícia Civil abriu inquérito para apurar se houve abuso de autoridade por parte de um delegado que se envolveu num acidente de trânsito, na tarde de quinta-feira (27), em Curitiba. A batida entre o carro do policial e um ônibus provocou confusão na Av. Visconde de Guarapuava, no Centro da capital. De acordo com os passageiros do ônibus, o delegado ameaçou o motorista do ônibus com uma arma.

As marcas deixadas pelas algemas e as dores levaram o motorista Sandro Romeu Marques a fazer o exame de lesões corporais. Ele foi preso e acusado de desacatar o delegado. Marques disse que apanhou antes de ser empurrado para dentro do carro da polícia.

De acordo com a reportagem do Paraná TV, Marques tinha ido ao local do acidente só para pegar os passageiros do ônibus batido e seguir viagem, mas ele e o motorista do ônibus que se envolveu no acidente acabaram indo parar na delegacia junto com o delegado que dirigia o carro.

No Batalhão de Trânsito, só existe o boletim de ocorrência porque o acidente envolveu um carro usado em investigações da polícia.

Os motoristas fizeram exame de dosagem alcóolica no sangue, para saber se haviam bebido antes de dirigir. Esse exame precisa ser feito no Instituto Médico Legal (IML) até oito horas depois do acidente. Mas nos registros do IML só consta o nome do motorista do ônibus. O delgado que dirigia o carro não foi fazer o exame.

O delegado-chefe da Corregedoria da Polícia Civil informou que já está investigando se houve abuso de autoridade e adiantou que o carro da polícia não poderia estar sendo usado pelo delegado porque o policial está em licença médica.

A Corregedoria tem 30 dias para decidir se abre ou não uma sindicância para analisar a conduta do delegado. O motorista do ônibus e o dono da empresa vão responder por desacato à autoridade. A audiência foi marcada para o dia 16 de novembro no Juizado Especial Cível.

Veja em vídeo a reação do motorista que foi preso.

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