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A Capitania dos Portos do Paraná vai abrir inquérito para investigar as causas do acidente que no domingo causou o naufrágio de uma embarcação de madeira, com seis tripulantes, em Paranaguá. O contador Elier Martins, 53 anos, continua desaparecido.

Em dois dias foram três naufrágios em todo o estado. Também no domingo, em Carlópolis (Norte Pioneiro), na Represa do Chavantes, uma pequena embarcação com quatro pessoas afundou e uma ficou desaparecida. Na tarde de ontem, outro naufrágio ocorreu na Baía de Guaratuba, mas não deixou vítimas.

Na Baía de Paranaguá, o Corpo de Bombeiros, a Capitania dos Portos e o Iate Clube de Paranaguá fizeram buscas com quatro embarcações durante todo o dia de ontem. Segundo o tenente Rafael Lorenzetto, que estava no comando dos trabalhos no período da tarde, as condições das marés estavam melhores ontem. "Uma das dificuldades é que estamos lidando com uma área muito extensa", diz. A Baía de Paranaguá possui 677 mil km2, incluindo outras baías menores e ilhas. As buscas serão retomadas hoje.

O inquérito deve ser concluído em 3 meses. De acordo com o capitão de fragata Paulo Cézar da Silva Uchôa é necessário apurar as condições da embarcação, se houve falha operacional ou se foram apenas as más condições da maré que provocaram o acidente. O número de pessoas que havia dentro da embarcação pode ser um indício de irregularidade. Segundo ele, a capacidade de lotação do barco era apenas para quatro pessoas.

De acordo com o meteorologista Reinaldo Kneipe, do Instituto Tecnológico Simepar, uma nova frente fria que está se aproximando deve deixar o mar agitado no litoral do estado a partir de quarta-feira. "Mas não deve ser uma situação parecida com a que vimos no fim de semana", diz. Kneipe explica que um ciclone extra-tropical, localizado na região do Uruguai e Rio Grande do Sul, gerou ventos fortes na costa paranaense e causou a agitação marítima.

A esperança da família é o que contador desaparecido esteja vivo. A esposa de Elier, Solange Silva Martins, 51 anos, conta que todos em casa estão apreensivos. "Esperamos que ele tenha conseguido chegar em alguma ilha. Não podemos nos desesperar num momento como este", disse. A última vez que Solange viu o seu marido foi na quinta-feira, quando arrumou as coisas para a pescaria que iria participar com um grupo de cinco amigos na Ilha do Sigüi. A filha mais velha de Elier, Elisângela, 23 anos, que mora nos Estados Unidos, ainda não sabe do desaparecimento do pai.

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