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punição

INSS pede reembolso a motorista bêbado que provocou acidente

Jovem dirigia em zigue-zague numa rodovia, na contramão, quando se chocou com outro veículo (foto) | Fernando Rodrigues/Jornal de Brasilia
Jovem dirigia em zigue-zague numa rodovia, na contramão, quando se chocou com outro veículo (foto) (Foto: Fernando Rodrigues/Jornal de Brasilia)

A Procuradoria-Geral Federal ajuizou ontem na Justiça Federal a primeira ação regressiva de trânsito contra um motorista acusado de provocar um grave acidente, em abril de 2008, no Distrito Federal. O acidente deixou cinco mortos e três feridos. A ação visa ao ressarcimento à Previdência Social de despesas decorrentes de pensão por morte, provocada por direção perigosa e alcoolismo. De acordo com o boletim de ocorrência policial, quando provocou o acidente, o motorista estava bêbado e dirigia na contramão, em zigue-zague. As informações são da Agência Brasil.O acidente, que aconteceu na rodovia que liga as cidades satélite de Taguatinga e Brazlândia, já gerou despesas de mais de R$ 90 mil para a Previdência Social. O ministro da Previdência, Gari­baldi Alves Filho, e o presidente do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS), Mauro Rauschild, foram juntos à Justiça Federal protocolar a ação.

Segundo o presidente do INSS, outras ações vão ser impetradas na Justiça até o fim do ano, em casos extremos como esse. Mas ele assegurou que a intenção da Previdência Social "não é fazer uma caça às bruxas, procurando todos os casos de mortes, só os casos mais graves". E complementou: "Trata-se de um alerta para quem gosta de dirigir em alta velocidade, pela contramão, em vias de tráfego rápido ou sob efeito de bebidas alcóolicas. Todos devem parar 15 segundos para pensar antes de sair de casa para beber e, então, deixar o carro na garagem e pegar um táxi. Não é justo que a sociedade arque com prejuízos decorrentes desse tipo de comportamento".

O Brasil registra por ano cerca de 40 mil mortes em acidentes de trânsito, ao custo de R$ 8 bilhões ao ano para a Previdência Social. O presidente do INSS alerta que a grande maioria dos acidentes, no entanto, não tem a mesma natureza dos casos que vão ser ajuizados. A Previdência não pretende acionar herdeiros ou tirar o direito previdenciário de motoristas que sofreram autolesão em acidentes de trânsito, adiantou.

O procurador-geral do INSS, Alessandro Stefanatto, explicou que a Previdência vai tentar receber o máximo possível das despesas financeiras geradas pelos acidentes graves, mas dentro da capacidade financeira do infrator. O motorista poderá ter bens penhorados e, se estiver desempregado, ter de arcar com os prejuízos quando voltar a exercer atividade remunerada. A escolha dos casos será feita pela procuradoria com informações da Polícia Rodoviária Federal, do Ministério Público e da administradora do seguro obrigatório para automóveis, o DPVAT.

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