Brasília – O Ministério da Previdência Social suspendeu ontem mais 65,3 mil aposentadorias e pensões de pessoas que deixaram de responder ao censo previdenciário. Desde o início do censo, há um ano, somam 457 mil os benefícios suspensos por falta de atualização dos dados cadastrais. A nova relação de suspensões foi divulgada em edital, o sétimo desde o começo do processo, publicado na página do Ministério na internet (www.previdencia.gov.br) e em jornais de grande circulação em cada estado.

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A suspensão de benefícios não significa, no entanto, que eles estejam definitivamente bloqueados. Assim, os segurados que deixaram de responder o censo por falta de informação, por exemplo, podem reativar os benefícios na própria agência bancária em que recebem a aposentadoria ou senão, basta atualizar seus dados. Por causa disso, boa parte dos quase 500 mil benefícios que já foram suspensos desde o início do censo podem já ter sido desbloqueados. A Previdência não divulgou números atualizados. Segundo a assessoria da Previdência, nos grandes bancos, que respondem por 95% dos pagamentos do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS), o desbloqueio é imediato. Nos outros bancos, o valor é desbloqueado em no máximo 13 dias. Este prazo é necessário para adaptação dos sistemas das instituições que não têm condições de acessar os dados de pagamento on-line. O objetivo do governo com o censo previdenciário é identificar fraudes e pagamentos indevidos pelo INSS, melhorando a gestão das contas do regime geral de previdência. Para o fim deste ano, o governo estima um déficit de R$ 41 bilhões no INSS.

Os segurados do sétimo edital foram convocados para fazer o censo em junho passado e, desde março, estavam sendo informados da obrigação de atualizar os dados cadastrais toda a vez que sacavam o pagamento nas agências bancárias. O bloqueio é feito depois de cinco meses sem resposta aos avisos do INSS.

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O censo previdenciário, iniciado em outubro de 2005, só deve terminar em julho de 2007.