O Instituto Adolfo Lutz confirmou neste sábado (23) que encontrou norovírus em casos de diarreia no Guarujá, a 86 quilômetros da capital paulista. De seis amostras analisadas, quatro continham o vírus. O último levantamento da Prefeitura do Guarujá, de 12 de janeiro, mostrava que 1.774 pessoas tinham sido atendidas em hospitais e postos de saúde municipais com sintomas como diarreia e vômito.

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Nas outras duas amostras, o instituto não localizou agentes causadores dos sintomas. O norovírus pode provocar diarreia, vômito, febre, perda de apetite e dores abdominais, de acordo com infectologista Adílson Cavalcante, da Faculdade de Medicina do ABC. "Uma vez que a pessoa entra em contato com esse vírus, em 24 a 72 horas vai desenvolver os sintomas. Eles duram até cinco dias", explicou.

O norovírus é encontrado, principalmente, em água e alimentos manipulados, como sanduíches. Pode estar também em garfos, facas e copos – objetos que também têm contato com as mãos. Por causa disso, o médico indica que as pessoas evitem ingerir alimentos de origem desconhecida. É importante lavar bem as mãos e os alimentos crus, com uso de água corrente.

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O mesmo vírus provocou os sintomas em cerca de 700 pessoas em Olímpia, a 438 quilômetros da capital paulista, de acordo com reportagem da TV Tem. O número é de atendimentos na Santa Casa do município desde a última semana de dezembro. O norovírus foi detectado em amostras analisadas pelo Instituto Adolfo Lutz em Ribeirão Preto. O resultado saiu na semana passada.

Análises feitas pela Companhia Ambiental do Estado de São Paulo (Cetesb) não constataram a presença de micro-organismos causadores de doenças gastrointestinais em amostras da água do mar das praias de Astúrias, no Guarujá, e José Menino, em Santos. A coleta foi realizada no dia 13 de janeiro, em complemento ao trabalho de monitoramento da qualidade das águas.

A Secretaria da Saúde do Guarujá diz que, com o aumento expressivo de turistas durante a temporada de verão, há um aumento natural nas ocorrências de diarreia e de outras doenças infectocontagiosas. A Prefeitura afirma que intensificou a fiscalização em quiosques, carrinhos de lanche e ambulantes na orla da praia.