Um laudo do Instituto de Criminalística do Paraná (ICP) confirmou nesta quarta-feira que parte dos ossos encontrados no pátio de uma empresa de produtos químicos localizada na Cidade Industrial de Curitiba (CIC), no fim de agosto, é do caminhoneiro Marcílio Monteiro Alencar (42), desaparecido desde 2005. Agora, o ICP tenta identificar se o restante dos ossos encontrados seria de José Antônio Martins (38), também desaparecido na mesma época.

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O delegado-chefe da Delegacia de Estelionato e Desvio de Cargas (Dedec) elogiou o trabalho dos peritos. "O Instituto de Criminalística fez um trabalho excepcional baseado em exames nas amostras de sangue da filha e da mulher da vítima. É uma análise difícil, já que os corpos foram praticamente desintegrados pelo fogo e restaram apenas pequenos pedaços de ossos", explicou Marcus Vinícius Michelotto.

A confirmação técnica emitida pelo ICP promove uma reviravolta na apuração dos culpados. Ataíde dos Santos (42) e João Maria Guimarães dos Santos (63) responderiam apenas por roubo, já que haviam confessado esse crime, mas agora serão acusados de latrocínio.

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"Os dois já confessaram o roubo, mas negam a autoria dos crimes. Com a comprovação dos crimes pelo laudo, os dois serão indiciados por roubo seguido de morte", disse o delegado. O crime prevê pena de 10 a 30 anos de prisão.

Ataíde dos Santos já estava preso em Cuiabá-MT acusado de um crime semelhante, enquanto João Santos está detido na delegacia de São José dos Pinhais, região metropolitana de Curitiba. "Foi um crime bárbaro. Ambos eram amigos da vítima e o Ataíde, inclusive, freqüentava a casa do Marcílio. Como a proposta de vender pneus mais baratos, eles atraíram as vítimas para um local escolhido, roubaram os caminhões e sumiram com os caminhoneiros", afirmou Michelloto. Nesta quinta-feira eles começam a ser julgados pela 7.ª Vara Criminal.

Ainda não há previsão para que seja emitido novo laudo do ICP que pode confirmar que o restante da ossada é do outro caminhoneiro desaparecido.