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Com paralisação de funcionário das autoescolas, todos os serviços – como cursos e aulas práticas – devem ser afetados | Roberto Custodio/Jornal de Londrina
Com paralisação de funcionário das autoescolas, todos os serviços – como cursos e aulas práticas – devem ser afetados| Foto: Roberto Custodio/Jornal de Londrina

Os funcionários e instrutores de autoescolas do Paraná vão iniciar uma greve por tempo indeterminado a partir de quinta-feira (21). Durante a paralisação, todos os serviços – como cursos e aulas práticas – devem ser afetados. O principal motivo da mobilização é salarial. O Sindicato dos Proprietários dos Centros Formadores do Paraná (Sindicato CFCPR) ofereceu aos trabalhadores reajuste de 8%, mas a categoria reivindica 30% de aumento.

A presidente do Sindicato dos Trabalhadores em Autoescolas (Sintradesp), Arminda Martins, afirma que os salários dos instrutores e funcionários dos CFCs tem sofrido defasagem ano a ano. Hoje, um instrutor ganha um salário base de R$ 667, mais R$ 2,50 por hora-aula ministrada.

"Desde 2008, o preço do curso de formação de condutores teve aumento de mais de 180%. O reajuste não foi repassado aos trabalhadores", disse a presidente. Nos últimos quatro anos, os funcionários de autoescolas e instrutores tiveram reposição salarial de 31,8%. O Sintradesp também pleiteia o reajuste dos vales refeição e a implantação do vale alimentação.

Adesão e impactos

Segundo o Sintradesp, são mais de 9 mil trabalhadores em autoescolas no estado. O Departamento de Trânsito do Paraná (Detran), informou que são 939 CFCs cadastrados e que são realizados por dia cerca de 3,5 mil exames práticos.

O problema é que os testes práticos precisam ser acompanhados por um instrutor. Em nota, o Detran esclareceu que cabe ás autoescolas destacar o profissional para a prova. "A equipe de funcionários e examinadores do departamento trabalhará normalmente e o candidato que não comparecer perderá o exame. Em caso de ausência, será preciso remarcar o teste e pagar nova taxa", disse o Detran.

O departamento orientou ainda que os alunos negociem prazos e valores diretamente com as autoescolas. Segundo o Detran, já foi solicitado reforço na segurança para garantir que os candidatos à primeira habilitação, com prova agendada, não sejam impedidos de ter acesso aos locais de aplicação dos exames.

Na quinta-feira, os trabalhadores devem fazer uma manifestação em frente ao Detran no bairro Tarumã, em Curitiba, no anexo onde são realizadas as provas práticas. O próprio Sintradesp dos funcionários, no entanto, não tem uma previsão sobre o índice de sindicalizados que deve cruzar os braços. Segundo Arminda, a expectativa é de que a adesão seja "maciça" na capital, Foz do Iguaçu, Londrina e Maringá.

O advogado do Sindicato CFCPR, Fernando Martins da Silva, confirmou que recebeu uma pauta de reivindicações dos trabalhadores. Ele disse que a proposta das empresas já foi feita ao Sintradesp e que, agora, o sindicato patronal aguarda a avaliação dos trabalhadores. As autoescolas ainda não definiram nenhuma medida preventiva para minimizar o impacto da greve nos alunos.

"Estamos avaliando para decidir", resumiu o advogado. Uma reunião entre os sindicatos no Ministério Público do Trabalho (MPT) está marcada para o dia 28 de junho.

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