Cerca de 400 integrantes do MST (Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra) chegaram nesta quinta-feira (4) a Curitiba, para realizarem uma série de eventos em protesto contra a crise econômica mundial, a criminalização dos movimentos sociais, e também pedindo a Reforma Agrária.

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Os manifestantes chegaram à capital depois de quase vinte dias de caminhada por 30 cidades do estado. Metade do grupo partiu de Porecatu – os integrantes da coluna do Norte - no dia 18 de maio, e a outra metade saiu de Foz do Iguaçu – coluna do Oeste – no dia 19 de maio.

Na manhã desta quinta-feira (4) os integrantes do MST protestaram contra a criminalização dos movimentos sociais na BR-277, quase na entrada de Curitiba (em frente ao Monumento Antonio Tavares). Por volta das 9 horas, houve um encontro de lideranças do MST e de outros movimentos sociais no Parque Barigui, e a seguir os manifestantes saíram em marcha e passaram por várias ruas do Centro de Curitiba. Por volta do meio-dia chegaram à Rua XV, lá distribuíram panfletos e fizeram uma caminhada até a Boca Maldita.

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Os integrantes do MST devem ficar em Curitiba durante três dias e serão abrigados nas casas de moradores da periferia. Nesse período o MST irá promover cerca de 60 debates - em 21 bairros da capital, em escolas e universidades - para tratar dos efeitos da crise econômica mundial sobre os trabalhadores. Os debates também têm como objetivo a formulação de um projeto concreto sobre a Reforma Agrária. "Queremos debater com a sociedade e entender a origem da crise econômica. Não podemos permitir que os trabalhadores sejam prejudicados e tenham que arcar com todo o ônus", disse Juvêncio Rosa de Ramos, um dos coordenadores da marcha que o MST faz pelo estado.

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