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Prédio foi interditado na manhã de quinta-feira, mas moradores seguem ocupando os apartamentos | Ivonaldo Alexandre/Agência de Notícias Gazeta do Povo
Prédio foi interditado na manhã de quinta-feira, mas moradores seguem ocupando os apartamentos| Foto: Ivonaldo Alexandre/Agência de Notícias Gazeta do Povo

Riscos em imóveis

A Cosedi orienta as pessoas a observarem alguns sinais que os imóveis dão que podem indicar riscos:

- queda de reboco, pastilhas ou revestimentos das paredes - vidros quebrados, que ninguém troca- ferros da estrutura do prédio aparecendo - instalações elétricas antigas- extintores de incêndios vencidos- hidrantes sem esguicho- escadas escorregadias e sem luz de emergência- rachaduras na estrutura

Caso observem riscos, as pessoas podem ligar para o telefone 156 da prefeitura, para a Defesa Civil Municipal (3350-3694) ou para a Guarda Municipal (3350-3910).

A interdição do Edifício Don José feita pela Comissão de Seguranças de Edificações e Imóveis (Cosedi), na manhã de quinta-feira (5), não obriga os moradores a deixarem os apartamentos que vivem. Segundo o órgão de fiscalização da prefeitura de Curitiba, não há risco de o prédio desabar, mas precisam ser realizadas melhorias urgentes no edifício, que fica na esquina das ruas José Loureiro e Monsenhor Celso, no Centro.

"Existem riscos de incêndio, pois a fiação elétrica é antiga. Riscos no elevador que às vezes para e podem cair janelas do prédio e atingir pessoas que passam pelas calçadas", afirmou o engenheiro Jorge Castro, da Cosedi. O síndico do prédio, Maurício Cheratzki, rebate as críticas. "Qualquer prédio do mundo tem problemas, mas o Don José não oferece risco nenhum para os moradores ou para os pedestres", afirmou.

Cheratzki disse que a empresa fabricante dos elevadores faz manutenções mensais nos equipamentos e não há problemas com eles. Nesta sexta-feira (6), advogados que representam o condomínio do edifício foram até a Cosedi tirar cópias dos processos contra o prédio, inclusive o documento de interdição de quinta. "Vamos tentar resolver amigavelmente com a prefeitura, entrar com um recurso administrativo pedindo mais prazo. Caso não haja acordo serei obrigado a entrar com um mandado de segurança contra a prefeitura", disse o síndico.

"Há sete anos estamos pedindo melhorias para o condomínio e nenhuma resposta foi dada até agora. O mecanismo que a Cosedi tem para evitar que aconteçam tragédias é notificar e fazer a interdição. Isso foi feito, os moradores estão cientes dos riscos. Se acontecer alguma coisa agora é da responsabilidade deles que continuam lá dentro. Todos foram avisados", afirmou o engenheiro da Cosedi.

Castro afirmou que essa foi a primeira vez que um prédio inteiro, de 17 andares e 144 apartamentos, foi interditado pela Cosedi em Curitiba. O prédio tem 39 anos e segundo a prefeitura precisam ser tomadas medidas urgentes no edifício. Quando começarem a ser feitas as reformas, a Cosedi vai fiscalizar para decidir se acaba ou não com a interdição. Se nada for feito o órgão pode aplicar multas de até R$ 20 mil por dia. "Já contratei um engenheiro para dar uma acelerada nas obras", garantiu o síndico.

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