Cascavel O Hospital Universitário (HU) de Cascavel, no Oeste do estado, vai suspender por 30 dias, a partir de segunda-feira, o atendimento às crianças e adolescentes dependentes químicos ou com problemas mentais na ala psiquiátrica. A medida foi tomada em comum acordo entre a direção do hospital e o Ministério Público (MP). O serviço começou a funcionar em 24 de fevereiro deste ano para atender a uma ordem judicial, em ação impetrada pelo MP, que determinava a criação da ala. Porém, o espaço, que conta com 17 leitos, passava a maior parte do tempo ocioso.
O diretor administrativo do HU, Alberto Pompeu, informou ontem que a interrupção do atendimento era necessário diante dos problemas causados pelos pacientes e da incapacidade do hospital em prestar esse auxílio. Durante o período de operação da ala psiquiátrica foram registradas três fugas, a destruição de equipamentos hospitalares e até a ameaça de morte aos funcionários que atuam no local. Uma das vítimas da insegurança foi a própria psiquiátrica do programa, Andrea Lise, que pediu a exoneração do cargo na semana passada.
Desde ontem, o hospital deixou de atender à demanda. Os dois pacientes internados receberam alta pela manhã, mas apenas um dele seguiu para a casa. O outro adolescente mora em Cantagalo e vai aguardar a vinda da família ou do Conselho Tutelar para ir embora. Depois disso, a ala ficará fechada. "Nesse período, vamos adequar a unidade ao perfil dos pacientes que serão atendidos pelo HU", afirmou Pompeu, lembrando que o próprio hospital irá definir o perfil das crianças e dos adolescentes que serão atendidos.