Umuarama - Tudo começou no Dia das Mães, em maio passado, quando a agente comunitária da Secretaria de Saúde de Goioerê Sandra Costa, ao fazer uma visita de rotina para a aposentada Olivina da Silva Vaz, 71 anos, na periferia da cidade, se deparou com a idosa aos prantos sem saber por onde andavam três dos sete filhos que teve há 45 anos. Sandra se apegou às redes sociais na internet e aos meios de comunicação para propagar a história daquela mãe e pedir ajuda. O desfecho feliz ocorreu na semana passada, com o reencontro de uma filha e a localização dos dois filhos em Timbó (SC).
Dona Olivina disse que era muito pobre quando teve os três filhos e resolveu doá-los para famílias desconhecidas, porém de melhor condição financeira, em Santa Catarina. Em seguida, mudou-se para o interior do Paraná, onde passou a viver com os outros quatro filhos e o marido, que já faleceu. Mas o sonho dela era reencontrar os três. Sandra conta que, pela internet, localizou a filha Sonia Lourdes de Oliveira em Novo Hamburgo (RS) e em seguida os outros dois irmãos, Celso e Vilson Oliveira, em Timbó.
Na última quarta-feira, Sonia chegou de surpresa na casa da mãe e a emoção tomou conta da família e amigos. O pedido de perdão foi uma das primeiras frases proferidas pela mãe, que foi prontamente perdoada pela filha. A imprensa local e até um carro de som acompanharam o reencontro que mexeu com a cidade. Nos próximos dias, os dois irmãos também deverão visitar a mãe em Goioerê. As visitas são organizadas pelos Centros de Referência de Assistência Social das cidades envolvidas.
A agente comunitária Sandra ficou tão popular na cidade que já recebeu cartas e tem gente visitando a casa dela para pedir ajuda na busca por familiares não encontrados há vários anos. "Eu não descarto nenhum caso, mas também não prometo porque sei como é difícil", diz. A própria Sandra já sentiu o drama na pele. Hoje com 30 anos de idade, ela conta que só encontrou um dos irmãos, Prado Júnior, há três anos, em Rancho Alegre do Oeste, uma cidade vizinha a Goioerê. "E minha mãe ficou 35 anos sem ver o filho. Por isso eu sei o quanto dói ficar longe de um familiar que a gente tanto quer encontrar."
O reencontro foi possível porque dona Olivina revelou o drama para a agente comunitária nas visitas de rotina. Sandra diz que as visitas são feitas duas vezes por mês e, na maioria dos casos, a agente passa a ser tratada como membro da família. Ela está há dois anos no cargo municipal e também acaba se apegando aos moradores atendidos.
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