Mais de 60% dos alunos da rede pública têm acesso à rede| Foto: Marcelo Elias/ Arquivo/ Gazeta do Povo

A maioria dos alunos de escolas públicas do país (62%) tem computador em casa, aponta a pesquisa Tecnologias de Informação e Comunicação (TIC) Educação 2012, divulgada ontem pelo Comitê Gestor da Internet no Brasil (CGI.br). O número é crescente desde 2010, primeiro ano do levantamento, quando o porcentual era de 54%. No ano passado, essa proporção entre estudantes da rede pública já tinha avançado para 56%. Entre os alunos das escolas privadas, o índice é próximo da universalização e chega a 94%.

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INFOGRÁFICO: Estudantes da rede pública atingem maior nível de proporção computador/domicílio

O levantamento reuniu informações de 856 escolas públicas e privadas, selecionadas a partir do Censo Escolar de 2011. Foram entrevistados professores de português e matemática, alunos dos ensinos fundamental e médio, além de coordenadores pedagógicos e diretores.

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Também houve avanço do acesso à internet pelo celular entre os alunos de escolas municipais e estaduais: crescimento de 14 pontos porcentuais na comparação com 2011, alcançando 44% dos entrevistados. No ensino privado, a proporção de estudantes que acessam internet pelo celular é maior, atingindo 54% dos entrevistados.

Em relação aos professores de escolas pública, a pesquisa mostra que a presença do computador e da internet em casa chega a 92%. Praticamente todos os docentes – incluindo os 8% restantes –, são considerados "usuários em rede", ou seja, utilizaram alguma vez a web nos últimos três meses.

"Os nossos professores estão conectados. E o porcentual de conexão é até superior ao de outros profissionais com nível superior. Para esse público o acesso chega à 91%, um pouco menor que os professores em geral, ou seja, de todos os níveis de escolaridade", afirma Alexandre Barbosa, gerente do Centro de Estudos sobre as Tecnologias da Informação e Comunicação (CETIC br), vinculada à CGI, que realizou a pesquisa.

Políticas públicas

O estudo chama a atenção ainda para a necessidade de ampliar políticas públicas de incorporação das tecnologias digitais no ambiente escolar. A sala de aula, por exemplo, ainda não incorporou plenamente o uso dessas ferramentas, apesar de ter aumentado o uso de computadores entre os professores durante as atividades.

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