Selma e Ribas fizeram o diagnóstico das bacias curitibanas| Foto: Marcelo Elias/Gazeta do Povo

Para a coordenadora de recursos hídricos da Secretaria Municipal do Meio Ambiente (SMMA), Claudia Boscardin, a falta do sentimento de pertencimento com relação aos rios é um aspecto fundamental para o panorama atual. Pensando nisso, o programa Olho D’Água foi lançado em 1997, para capacitar monitores que fizessem a identificação de pontos críticos e avaliassem os problemas buscando soluções. "Basta ter olhos e nariz para participar", diz. O resultado foi a criação de diversos grupos que atuam na recuperação dos rios da cidade.

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Claudia lembra que a construção dos parques lineares, iniciada na década de 70, não teve o único objetivo de servir como áreas de lazer. Foram criados com o intuito de absorver as águas e diminuir a vazão dos rios para absorver o volume. O Projeto Viva Barigüi, criado em 2007, não tem prazo para terminar. A previsão é de que em 15 anos todos os planos saiam do papel. Para que isso ocorra em menor tempo, teria de haver um investimento significativo.

Ele vem ocorrendo com obras de infraestrutura ao longo do Parque Barigüi. A previsão é de ter 45 quilômetros quadrados de áreas verdes; relocação de ocupações irregulares nas margens; recuperação das margens e replantio de plantas nativas; e educação ambiental pelos grupos Olho D’Água. "Essa será a nossa grande vitrine para outros projetos no restante das bacias", diz.

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Além disso, têm sido feitas vistorias de ligações de esgoto pelo Departamento Hídrico e Saneamento, em conjunto com a Sanepar. A Bacia do Barigüi é a que tem a menor porcentagem de ligações regulares, em comparação com as outras. São apenas 51,79%, ou seja, das 76.574 ligações previstas, somente 39.659 foram realizadas. (AP)