A administração do Hospital Evangélico e da Faculdade Evangélica entraram em regime de balanço ontem, após a decisão do Tribunal Regional do Trabalho da 9.ª Região (TRT9) que nomeou Fabrício Cascardo Hito como interventor nas duas instituições. Hito passou o dia de ontem em reuniões com funcionários. Os sindicatos de trabalhadores do hospital (Sindesc) e da faculdade (Sinpes) sinalizaram um voto de confiança ao gestor.

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Um dos trabalhos de Hito será fazer um relatório detalhado de toda a situação do hospital. Ele terá 30 dias – prorrogáveis por mais 30 – para fazer o levantamento de tudo o que entra e sai das duas instituições. Hito deve pronunciar-se após esse período de acareação, segundo a assessoria do hospital. Ao Sindesc, ele teria prometido "priorizar os salários dos funcionários", segundo o tesoureiro do sindicato, Natanael Marchini.

O prazo para que Hito fique à frente é de 12 meses, inicialmente, período no qual a diretoria e os conselheiros da mantenedora Sociedade Beneficente Evangélica (SEB) não terão qualquer controle administrativo e financeiro.

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A nomeação ocorreu a pedido do Ministério Público do Trabalho, que diz haver 1,3 mil ações trabalhistas correndo contra a SEB.

Como autor da ação, o MPT acompanhará a intervenção. A procuradora responsável pelo processo, Patrícia Gaidex, explica em nota que as "interferências da SEB inviabilizavam a adoção de medidas necessárias à solução das questões trabalhistas" e que "daí surgiu o nome de Fabrício, um interventor sem qualquer vínculo com o conselho". Na última segunda-feira, porém, o próprio Hito foi contratado como diretor-geral do hospital.

De imediato, o novo diretor têm como pendência o pagamento do 13.º salário (as duas parcelas) e o soldo de dezembro. Além disso, segundo o Sindesc, o hospital ainda não pagou a rescisão dos 250 funcionários demitidos em 28 de novembro, após determinação da prefeitura de Curitiba.