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 | Leonardo MIlano/ICMBio
| Foto: Leonardo MIlano/ICMBio

Pau-rosa, pau-brasil e palmito-juçara são algumas das plantas brasileiras que correm risco de extinção. Elas fazem parte de um inventário on-line com mais de 1 milhão de espécies conhecidas no mundo todo, que vem sendo construído desde 2010. O objetivo é traçar estratégias para impedir que desapareçam e preservar a biodiversidade no planeta.

Chamado Flora do Mundo Online, o projeto chega agora à fase de descrição de cada uma das plantas. “Uma lista é uma lista apenas com nomes das espécies. Queremos agora agregar informações para, por exemplo, distinguir um pau-brasil de um pau-rosa”, explicou Eduardo Dalcin, do Núcleo de Computação Científica do Jardim Botânico do Rio de Janeiro.

Para alinhar a metodologia e padronizar o preenchimento da plataforma, que deve estar pronta até 2020, especialistas do mundo todo estão reunidos no Rio de Janeiro, onde ficam até sexta-feira (23).

Coordenados pelos jardins botânicos de Londres e de Edimburgo, no Reino Unido, e os de Nova Iorque e de St. Louis (Missouri), nos Estados Unidos, botânicos e taxonomistas discutem quais informações devem constar do inventário e qual a melhor forma de apresentar os dados online. Por isso, especialistas de tecnologia da informação participam do evento.

Outro desafio que os especialistas terão de driblar é a ausência de informações digitalizadas sobre as plantas. Eles discutem trabalhar com voluntários e programas de computador. “A dificuldade é conseguir os dados em formato digital. Nem todos os países têm a flora digitalizada. Existe uma lacuna de informações que precisa ser preenchida até 2020. E o que está digitalizado precisa ser convertido para entrar no portal [na internet]”, disse Dalcin.

Durante o encontro, pela primeira vez será feita uma reunião entre as equipes que montaram a lista da flora brasileira, com cerca de 45 mil plantas, e os responsáveis pelo projeto mundial. Os especialistas querem alinhavar interações entre os projetos. O evento será aberto ao público às 9 h de quarta-feira (21), na Escola Nacional de Botânica Tropical.

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