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no sítio cercado

Investigação aponta que PM assassinado em janeiro tinha rixa com traficante

Wagner Mesquita apresenta o resultado da investigação sobre o assassinado do PM | Gerson Klaina/Tribuna do Parana
Wagner Mesquita apresenta o resultado da investigação sobre o assassinado do PM (Foto: Gerson Klaina/Tribuna do Parana)

A investigação da Divisão de Homicídios e Proteção a Pessoa (DHPP) descobriu que o policial militar assassinado no Sítio Cercado na noite do dia 19 de janeiro, Nilson Pinheiro da Veiga, morreu em razão de uma rixa com um traficante da região, chamado Denilson Martins Ferreira, conhecido como “Nil”. Pinheiro estava afastado da corporação para tratamento de dependência química. O desfecho da investigação foi divulgado em entrevista coletiva do secretário da Segurança Pública e Administração Penitenciária, Wagner Mesquita, e da equipe da DHPP, nesta terça-feira (23).

Ferreira foi preso no final da tarde do dia 19 de fevereiro, suspeito de ter assassinado o policial. Um adolescente, de 16 anos, também foi apreendido há duas semanas. O adolescente e um policial militar da reserva foram peças chave para polícia conseguir desvendar o que aconteceu. O jovem chegou a se apresentar na delegacia assumindo ter matado o policial, a pedido de Ferreira. O PM aposentado conhecia a dinâmica do local onde o PM foi assassinado e foi detido três dias depois do crime. A apuração da participação deste policial e sobre o ponto de drogas ficará a cargo da Divisão de Narcóticos da Polícia Civil.

De acordo com o delegado Renato Coelho de Jesus, a investigação da polícia deixou clara a motivação do crime e a autoria do homicídio. Segundo a apuração, a vítima mantinha uma relação de cliente do ponto de venda de drogas no bairro onde morreu. Gastava seu salário no local e chegou a penhorar um telefone celular.

“Quando não tinha mais dinheiro, ele começou a ameaçar o adolescente, que trabalhava no ponto, caso não lhe fornecesse a droga”, afirmou o delegado. O PM teria espancado o jovem, que, então, avisou Ferreira.

Durante as investigações, a polícia conseguiu apreender a pistola .380. Todo confronto balístico com os projéteis encontrados pela equipe de peritos no local do crime constatou que a arma apreendida é a que foi disparada contra o policial. Uma câmera de vídeo de uma rua lateral ao local do crime também mostrou Ferreira, segundo a polícia, chegando no veículo Saveiro, efetuando os disparos e fugindo.

A reportagem tentou localizar os advogados defesa de Ferreira, do adolescente e do policial da reserva, mas eles não foram encontrados.

Outros casos

O secretário da Segurança Pública voltou a descartar qualquer relação das mortes de cinco policiais militares entre dezembro e janeiro deste ano com o envolvimento de uma facção criminosa paulista que domina os presídios país afora. De acordo com Mesquita, as informações sobre os outros três casos ainda pendentes serão divulgados após a conclusão da investigação, assim como ocorreu na apuração sobre a morte do policial Pinheiro.

“Temos que agir com cautela, técnica e profissionalismo. Todas estão em investigação, há linha de autoria. Vamos apurar e divulgar só quando houver todas as perícias feitas, conteúdo probatório harmônico, autoria definida”, afirmou o secretário.

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