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Amanda Rossi foi encontrada morta dentro do campus da Unopar | Roberto Custódio/JL
Amanda Rossi foi encontrada morta dentro do campus da Unopar| Foto: Roberto Custódio/JL

A investigação policial que apura o falecimento da estudante Amanda Rossi, encontrada morta no campus da Universidade Norte do Paraná (Unopar), em Londrina, região norte do Paraná, completa um ano na próxima quarta-feira (29). O inquérito registra, em mais de mil páginas, centenas de depoimentos, mas ninguém foi preso. Por ocasião da data, serão celebradas missas em homenagem a Amanda no domingo e segunda-feira (26 e 27).

A garota, que estudava Educação Física na instituição, estava desaparecida dois dias antes de ser encontrada morta. O corpo de Amanda, 22 anos, foi encontrado com uma lesão na cabeça por um zelador da Unopar dentro da casa de máquinas da instituição. Porém, o Instituto Médico Legal (IML) da cidade emitiu laudo dando conta de que a garota teria morrido por esganadura.

No final de dezembro de 2007, a polícia chegou a pedir a prisão de um suspeito, Luan Silva Freitas, 19 anos. Mas, em razão da falta de provas materiais, Luan foi solto 60 dias depois.

Desde abril de 2008, o delegado operacional do setor de homicídios da 10ª Subdivisão da Policial Ernandes Cezar Alves assumiu o comando das investigações. "A gente tem as linhas de investigações, existem suspeitos, são várias pessoas que estavam no lugar do fato, mas não posso adiantar nada, pois o inquérito está sob sigilo de justiça", afirma o policial. A polícia ouviu mais de 200 pessoas e outras ainda podem ser chamadas para prestar depoimento.

Para família, Unopar não deu segurança

O pai de Amanda, o entregador de jornais Luiz Rossi, 50 anos, move ação de indenização moral e material contra a Unopar. O processo, que corre na 8ª Vara Cível de Londrina, pede R$ 4,5 milhões, além de custos de tratamento psicológico e outros gastos da família. A advogada Hellen Kátia Cassiano, que representa a família dá conta de que a universidade teria falhado em dar a segurança para a estudante.

"A UEL [Universidade Estadual de Londrina] é aberta e nunca aconteceu uma coisa dessas. Já lá [na Unopar], que é toda cercada e cara, acontece essa barbaridade", desabafa o Luiz. A Unopar se manifestou por meio de nota afirmando que "já fez a sua defesa" e que "o caso está sub judice". No mesmo texto, a universidade relata aguardar o "posicionamento da Justiça, esperando que os responsáveis sejam punidos com todo o rigor da lei, independente de quem estiver envolvido".

O pai de Amanda avisa que tomará "providências" se depois de um ano a polícia não prender o culpado. "Se precisar, vou até Curitiba falar pessoalmente com o secretario [da Segurança, Luiz Fernando] Delazari", diz o entregador. A última ação de Luiz para que o caso não caia no esquecimento foi uma carreata no último dia 12, que teria ocupado cerca de 500 metros das ruas de Londrina em cinco quilômetros de trajeto. "Não aconteceu nada porque eu sou pobre. Se fosse rico, já tinham achado os culpados", desabafa.

Homenagens

No domingo, às 9h, a Paróquia Nossa Senhora do Perpétuo Socorro celebra uma missa em homenagem a Amanda. A paróquia fica na Rua Santa Cecília, 297, bairro Vila da Fraternidade, próxima da rodoviária. A Paróquia Cristo Redentor, que fica próxima da Unopar, presta tributo a Amanda às 19h30 na segunda, data em que a morte de Amanda completa um ano. O endereço é Rua Milão, 943, bairro Jardim Piza, 19h30.

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