Um policial civil foi preso, na noite de terça-feira (18), após trocar tiros com policiais militares em uma estrada perto de São João do Ivaí, no Norte do Paraná. Segundo informações do ParanáTV, Ivo Hass estava abordando pessoas na rodovia, usando um carro da polícia, sem identificação. O delegado Luiz Carlos Mânica afirmou, por meio de sua assessoria, que o investigador teria abordado ilegalmente o motorista de uma caminhonete para cobrar uma suposta dívida.
De acordo com a Agência Estadual de Notícias, Hass estaria acompanhado dos irmãos Robson Humberto e Adriano Mendes durante a abordagem. Ele ainda teria usado uma placa fria para evitar a identificação da Parati que dirigia. Segundo o delegado, a abordagem ilegal aconteceu na PR-031 e o policial e os dois homens tentaram algemar o motorista da camionete. Mas a vítima se debateu e o investigador desistiu da abordagem.
No depoimento ao delegado, Hass teria dito que abordou a caminhonete para cobrar uma dívida de R$ 23 mil. Depois da abordagem o investigador teria percebido que o condutor não era a pessoa que lhe devia. A vítima foi até a delegacia e prestou queixa contra o policial, explicou Mânica.
O Batalhão de Polícia Rodoviária, da Polícia Militar, tentou bloquear a passagem da Parati na rodovia, mas o investigador teria se negado a parar. Os policiais perseguiram a viatura e furaram o pneu traseiro da Parati com um tiro, mas, mesmo assim, o investigador conseguiu escapar e esconder o carro em um matagal. Hass foi detido em uma estrada secundária. Mendes conseguiu escapar e Humberto foi preso durante a madrugada em um hotel da cidade.
O investigador preso estava lotado na delegacia de Corbélia, Oeste do Paraná, a 300 quilômetros de São João do Ivaí. Ele trabalha na Polícia Civil há 23 anos. Hass irá responder por abuso de autoridade, adulteração de sinal identificador de veículo e desobediência, além de sofrer processo administrativo que definirá se será expulso da Polícia Civil. Robson foi preso por porte ilegal de arma, constrangimento ilegal e usurpação de função pública, porque se identificou como policial durante a abordagem ilegal.
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