Jorge Amaral, irmão do dono do restaurante Filé Carioca e gerente do estabelecimento, está prestando depoimento ao delegado Antônio Bonfim, na 5ª DP (Centro). Ele chegou à delegacia em uma cadeira de rodas e com um dos braços enfaixado, devido a ferimento sofridos na explosão que ocorreu no restaurante, na quinta-feira (13) da semana passada. Jorge está acompanhado de um dos funcionários do estabelecimento, que também está sendo ouvido pelo delegado.
Mais cedo, prestou depoimento Anderson Santiago Tavares, filho do chefe de cozinha Severino Antônio Tavares, morto no momento da explosão. De acordo com Anderson, o dono do restaurante, Carlos Rogério Amaral, tentou culpar seu pai ao depor, alegando que o funcionário havia mexido no equipamento de gás.
"Meu pai era chefe de cozinha, e não técnico de gás. Ele, inclusive, já havia comentado com minha mãe sobre um possível vazamento no restaurante por causa do forte cheiro", disse.
A advoga da família do chefe de cozinha, Clarissa Costa Carvalho, disse que vai entrar na Justiça do Trabalho contra o dono do restaurante porque, embora Severino trabalhasse há um ano e dois meses no estabelecimento, ainda não tivera sua carteira de trabalho assinada. O processo vai incluir também a prefeitura como ré por omissão, já que, no entendimento da advogada, as condições de trabalho no local eram inadequadas.
Rua liberadaA Rua Visconde do Rio Branco, no Centro do Rio, foi totalmente liberada, na tarde desta quinta-feira ao tráfego de veículos, na altura da Praça Tiradentes. Desde a explosão do restaurante Filé Carioca, na quarta-feira, apenas uma faixa de rolamento encontrava-se liberada no trecho. Técnicos das Secretarias Municipais de Obras, Conservação, Defesa Civil e da Comlurb concluíram os trabalhos no local e o trânsito é intenso. Agentes da CET-Rio orientam motoristas no local.