Itaipulândia - O que prometia ser o maior complexo temático do Sul do país, o Parque Termal de Itaipulândia, no Oeste do estado, é hoje um exemplo de desperdício do dinheiro público. Iniciada em 2002, a obra está abandonada há quase quatro anos e já consumiu R$ 18 milhões R$ 5 milhões a mais do que a projeção inicial. A fim de resolver o problema, a prefeitura tem planos de terceirizar o atrativo. A decisão foi tomada com base em uma votação aberta entre 8,5 mil moradores da cidade.
A proposta da concessão foi elaborada pela Comissão Mista de Avaliação do Parque, criada no início do ano. O projeto foi encaminhado para a Câmara Municipal, mas ainda não entrou na pauta de votação. Se aprovado, o empreendedor será definido por licitação. Pela proposta, a prefeitura e a empresa vencedora trabalharão juntas na conclusão da obra. Em contrapartida, o concessionário terá a licença de 20 anos para explorar o atrativo, originalmente projetado para receber 300 mil turistas por ano, média de 5 mil por dia.
Lançada há seis anos, na gestão do então prefeito Miguel Bayerle, a construção prometia uma reviravolta no turismo da região. Previsto para ser inaugurado no final de 2006, o complexo de 70 mil metros quadrados, vizinho à praia artificial do Lago de Itaipu, contaria com uma rede de tobogãs, spa termal, piscinas de águas quentes e com oito tipos de ondas, restaurante e hotel. Quase três anos depois do prazo previsto para a entrega da obra, os prédios da administração, a rede elétrica e as piscinas continuam inacabados.
Segundo o secretário municipal da Indústria, Comércio e Turismo, Ervoni Gilberto Patzlaff, empresas de turismo da região demonstraram interesse em concluir e gerenciar o empreendimento. "Essa é uma garantia de que a obra será repassada a uma empresa privada e que, de uma forma ou de outra, vamos conseguir recuperar, através da geração de renda e de impostos, parte dos recursos já empregados na obra. Para a administração municipal, não é mais vantajoso reassumir o parque." A estimativa é que sejam necessários mais R$ 3,5 milhões para concluir a obra, fora os investimentos para a construção do hotel.
Em 2006, uma avaliação feita pela própria prefeitura apontou que já haviam sido gastos um quarto a mais do orçamento inicial, sem um novo prazo de conclusão. Paralisado há quase quatro anos, o parque ainda hoje custa perto de R$ 5 mil por mês aos cofres públicos com manutenção (drenagem das piscinas e roçada) e pagamento de vigias para evitar que o patrimônio seja alvo de vandalismo ou saqueado.
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