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Brasília – O primeiro-ministro da Itália, Romano Prodi, deu respaldo ontem à estratégia do presidente Luiz Inácio Lula da Silva de insistir na necessidade de que sejam destravadas as negociações da Rodada Doha (de liberalização do comércio mundial) para beneficiar os países em desenvolvimento.

Em visita oficial ao Brasil, o premiê defendeu que países ricos devem dar "um passo para trás" nas negociações para que seja possível um acordo. Essa questão voltará a ser abordada por Lula no encontro que terá com o presidente George W. Bush, no próximo sábado, nos Estados Unidos

"As negociações de Doha são difíceis, complicadas. É preciso que possamos trabalhar para darmos um passo para trás para tornar este acordo possível", declarou Prodi, ao lado de Lula, no Palácio do Planalto.

"Há a necessidade de que todos se mexam, porque a não-solução positiva de Doha pode prejudicar o mundo e trair nossos objetivos políticos. Não se trata de retórica", reforçou o premiê, insistindo que, quando fala em dar um passo atrás, ele se refere a todos os países, inclusive os da União Européia.

Lula, por sua vez, lembrou que os dois países estão empenhados no êxito das negociações. "Temos de corrigir as injustiças de um modelo de liberalização comercial que ainda não trouxe os benefícios, tantas vezes prometidos, para a maioria dos membros da OMC."

O presidente acentuou que, por essa razão, solicitou o empenho de Prodi para que "a Itália continue a atuar na formulação de uma posição negociadora que nos leve a um acordo justo, sobretudo para os mais pobres".

Biocombustíveis

No encontro, Brasil e Itália assinaram um acordo de cooperação tecnológica para produção de biocombustível e um memorando de entendimento para cooperação com terceiros, como a África, para produção de biocombustíveis.

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