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O prefeito de Itambé, no Noroeste do estado, Antonio Carlos Zampar (PT), publicou neste sábado o decreto que institui situação de emergência na cidade. O motivo do decreto foram as perdas na agricultura causadas pela estiagem. "O decreto é o primeiro passo do processo. Depois vamos informar a Defesa Civil estadual e a federal", disse Zampar.

De acordo com João Manutti, secretário municipal da Administração, o laudo do Instituto Paranaense de Assistência Técnica e Extensão Rural (Emater) e da Cooperativa Agropecuária e Industrial (Cocari) aponta perdas de 80% na produção de soja e de 60% na de milho de Itambé, índices que ainda podem aumentar. "Tem propriedades que não vale a pena passar máquina (colheitadeira). Algumas vão colher apenas 60 sacas", disse Manutti.

Itambé foi o terceiro município da região Noroeste do Paraná a decretar situação de emergência. Os outros municípios foram Floresta, no dia 9 de janeiro, e São Pedro do Ivaí, na última terça-feira. A primeira medida da nova diretoria da Amusep (Associação dos Municípios do Setentrião Paranaense), eleita na quarta-feira, será uma reunião para discutir a situação emergencial da região pela falta de chuvas.

No restante do estado, outras cinco cidades decretaram emergência em função da estiagem: Ponta Grossa, Renascença, Santa Helena, Cornélio Procópio e Saudade do Iguaçu. A situação de emergência permite, entre outras coisas, que os agricultores dos municípios afetados pela seca renegociem suas dívidas em condições especiais.

Segundo reportagem publicada neste sábado pela Gazeta do Povo, a seca já causou prejuízos de R$ 3,7 bilhões aos agricultores paranaenses. A estimativa é de que o clima deve provocar uma redução de 6,37 milhões de toneladas nas safras de soja, milho e feijão.

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