Alagamento provoca interdição da PR-323 e de outras rodovias da região
A chuva intensa que tem atingido o Paraná nos últimos dias provocou alagamentos e interditou algumas estradas. Segundo a Polícia Rodoviária Estadual, pelo menos quatro vias que cortam as regiões Noroeste e Centro-oeste foram afetadas nesta quarta-feira (26) pelo transbordamento de rios. Entre as rodovias interditadas está a PR-323, principal ligação entre Maringá e o Mato Grosso do Sul.
De acordo com a PRE, o Rio Ivaí subiu tanto que alagou a ponte entre Doutor Camargo e Cianorte. Segundo informações do Corpo de Bombeiros, na madrugada desta quarta-feira (26) foram resgatadas cerca de 10 pessoas que viviam em propriedades da região. A rota alternativa para desviar do trecho interditado é a PR-317 com direção ao trevo de acesso à Terra Boa.
O Rio Corumbataí transbordou e alagou a PR-650, interrompendo o tráfego entre São João do Ivaí e Godoy Moreira. A ponte que separa São João do Ivaí e Fênix, na PR-082, também ficou interditada, mas a Polícia Rodoviária Estadual (PRE) liberou o local por volta das 16 horas de quarta-feira (26).
Na PR-554, o Rio Andirá submergiu a ponte em aproximadamente dois metros, interrompendo o tráfego entre São Jorge do Ivaí e a PR-323 (próximo aos municípios de Doutor Camargo e Jussara).
O município de Ivatuba, na região Noroeste do Paraná, decretou estado de emergência após parte de a cidade ficar alagada por causa da vazão do Rio Ivaí. O prefeito de Ivatuba, o médico Robson Ramos (PSC), calcula que aproximadamente 100 casas foram afetadas.
O prefeito citou que as casas mais atingidas são as de veraneio, que ficam próximas à beira do rio e são usadas mais nos fins de semana. "Tivemos poucos moradores desalojados. Calculo que sejam sete pessoas, mas nenhuma está precisando de ajuda direta da prefeitura. Todos estão em casa de parentes", explicou. Segundo Ramos, um clube e uma igreja da cidade disponibilizaram salões para pessoas que eventualmente ficarem sem abrigo.
Ramos explicou que o município declarou estado de emergência porque pode haver um gasto maior da Prefeitura para auxiliar na limpeza e em eventuais obras. "Não chegamos a acionar algum ressarcimento do governo, pois acredito que conseguiremos sanar os problemas através do município", explicou.
A casa onde moram os pais da gerente bancária Michele Tauscheck foi uma das atingidas pelo alagamento. O terreno tem 5 mil metros quadrados e fica a 150 metros da margem do rio. Mesmo assim, Michele contou que a água ficou a um palmo do telhado. "Nossa casa está embaixo d´água", disse. "Não tem nem como calcular o prejuízo. Perdemos eletrodomésticos, louças, roupas, armários. Temos uma piscina que foi atingida, além dos bichos que entraram dentro de casa."
Michele contou que os pais dela perceberam na tarde de terça (25) que o rio estava com um volume maior. Eles pediram ajuda a moradores da cidade e conseguiram um caminhão para guardar roupas, camas, colchões, cobertores e peças de vestuário. "O rio chegou a subir uns 15 metros", calculou ela.
Perigo
Segundo o prefeito e médico Robson Ramos, o alagamento trás riscos de doenças, como a leptospirose, e até mesmo de animais que podem ter contato com os moradores. "Além disso, os moradores podem pegar resfriado ou gripe e até mesmo a dengue pode aparecer de novo por causa da água parada", comentou. "Animais selvagens podem aparecer, como cobras e as raias que temos nos rio. É preciso ter muito cuidado."
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