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Brasília – O presidente do Conselho de Ética da Câmara, deputado Ricardo Izar (PTB-SP), admitiu ontem que será impossível analisar até o fim do ano todos os 67 processos de cassação dos deputados acusados de envolvimento na máfia das ambulâncias. Izar afirmou, no entanto, que nenhum processo será engavetado pelo Congresso.

Ele promete encaminhar ao Ministério Público os processos que não forem concluídos referentes aos deputados que não conseguiram se reeleger.

"Se nós não conseguirmos terminar alguns processos dos deputados que perderam as eleições, vamos pegar esses processos e mandar para o Ministério Público. E aqueles que ganharam as eleições, os processos continuam na próxima legislatura", enfatizou.

Izar disse que o conselho tem apenas pouco mais de um mês para concluir os processos, o que segundo ele dificulta a análise de todos os casos. O deputado admitiu que vem sofrendo pressões de vários parlamentares para atrasar a análise dos processos, na esperança de que sejam arquivados.

O presidente do conselho disse, no entanto, que não vai aceitar nenhum tipo de pressão. "As pressões são muito grandes, continuam sendo. É um tipo de pressão para retardar os processos para eles serem arquivados, não vão ser arquivados, nós vamos mandar para o Ministério Público", reiterou.

Izar lamentou que o plenário da Câmara ainda não tenha analisado o pedido de cassação do deputado José Janene (PP-PR), único dos acusados de envolvimento com o mensalão que ainda não foi julgado pelos deputados. Segundo Izar, o Conselho de Ética concluiu há três meses o processo de Janene que espera pela votação do plenário da Câmara.

"Cabe à Mesa agora colocar na pauta dos trabalhos do plenário. Temos que repassar a responsabilidade ao plenário, eliminar e tirar da nossa frente esse problema", defendeu.

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