Parque Barigui ainda pode ter jacaré solto
Em 2007, pelo menos três jacarés eram vistos com frequencia no Parque Barigui. Um deles chegou a atacar um cão, o que levou a Prefeitura de Curitiba decidir capturar os bichos e retirá-los do parque. Depois de dois animais serem recolhidos, um terceiro ainda estaria solto no parque, porém a Secretaria do Meio Ambiente desconhece a localização dele.
Em 2009, o maior dos animais e conhecido primeiro como o "Jacaré do Barigui", foi recolhido. Ele foi identificado como integrante da espécie Caiman latirostris, ou do papo-amarelo, e passou a viver no Zoológico de Curitiba.
O segundo animal foi capturado no final de 2012 e também foi para o zoo. Ele pertence a espécie Caiman yacare, conhecido também como jacaré-do-pantanal.
Um dos jacarés que viviam no Parque Barigui, capturado no final de 2012 e morador do Zoológico de Curitiba, poderá ser solto devolvido à natureza. O exemplar da espécie Caiman yacare, conhecido também como jacaré-do-pantanal, será levado até o início de maio para um Centro de Reabilitação de Animais Silvestres (CRAS) em Campo Grande, no Mato Grosso do Sul (MS), onde passará por uma avaliação. Dependendo do parecer de especialistas, ele pode ser liberado para voltar ao seu habitat natural: o Pantanal.
O animal pode ser considerado um privilegiado. Isso porque morou durante anos em um dos principais pontos turísticos de Curitiba e ganhou o direito de voltar para "casa". O outro jacaré retirado do parque em 2009 e que ficou conhecido como "Jacaré do Barigui" - por ser um espécime de grande porte e o primeiro a ser visto pelas pessoas - permanecerá morando no Zoológico de Curitiba, que fica no bairro Boqueirão. O "curitibano" é da espécie Caiman latirostris, ou do papo-amarelo, natural da região, segundo os biólogos.
A distinção entre os dois bichos é explicada pela bióloga e chefe de divisão do Zoo, Tereza Cristina Castellano. "Ele (o jacaré que permanecerá em Curitiba) é uma espécie típica da região, e está bem adaptado. Primeiro, por estar num lago semelhante ao que ele vivia. Segundo, porque lá ele está sem incômodos".
Além disso, o jacaré-do-pantanal teria condições de sobreviver por conta própria. "Nós acreditamos que, pelo fato dele ter vivido tanto tempo em um lago grande, onde ele caçava seu alimento, não terá dificuldades de sobreviver sozinho no ambiente dele. Esse processo de readaptação (no Cras) é necessário apenas para confirmar isso", explicou.
Ela ressaltou que ainda não há um prazo definido para libertar o jacaré. "É preciso esperar para ver como ele vai reagir com essa mudança. Primeiro tem todo o processo de viagem, depois tem que se acostumar com o ambiente. Vai depender de como for a adaptação dele lá".
Histórico
Em outubro do ano passado, um jacaré foi flagrado na ciclovia do Parque Barigui. O réptil ganhou destaque quando foi fotografado e filmado cruzando a pista, próximo à entrada do parque pela Rua Doutor Aluízio França. As imagens foram amplamente divulgadas na internet, o que levantou o debate sobre a permanência dos animais no local.
A Secretaria Municipal do Meio Ambiente (SMMA) isolou a área onde aconteceu o registro na tentativa de localizar o jacaré. Três dias depois do primeiro ter aparecido, outro espécime foi visto vagando. Os dois, à época, foram identificados como sendo da espécie Caiman latirostris, ou do papo-amarelo.
A prefeitura, então, organizou a transferência de ambos, mas apenas um foi encaminhado ao Zoo, no final de novembro. Depois de capturado, ele foi reconhecido como sendo um jacaré-do-pantanal. Imagens do jacaré
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