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A Favela do Jacarezinho, ocupada neste domingo: sexto pior IDH entre as comunidades do Rio | Christophe Simon/AFP Photo
A Favela do Jacarezinho, ocupada neste domingo: sexto pior IDH entre as comunidades do Rio| Foto: Christophe Simon/AFP Photo

O Complexo de Manguinhos e a Favela do Jacarezinho, ocupados neste domingo (14) pelas forças de segurança para a instalação de Unidades de Polícia Pacificadora (UPPs) no futuro, convivem com índices sociais sofríveis. Entre 126 grupos de bairros da cidade do Rio, Manguinhos apresenta o quinto pior Índice de Desenvolvimento Humano (IDH), seguido pelo Jacarezinho, em sexto. O Complexo do Alemão, ocupado desde novembro de 2010, tem o IDH mais baixo de toda a capital.

O IDH mais atual é de 2000 e leva em conta três índices: expectativa de vida, educação e renda. Todos estes dados são baixos nos casos das duas comunidades. Estatísticas mais recentes mostram que a situação não mudou desde então.

Dados do Censo de 2010, divulgados pelo Instituto de Geografia e Estatística (IBGE), revelam que as comunidades ocupadas neste domingo amargam posições incômodas no ranking de renda. No Jacarezinho, o valor do rendimento mensal das pessoas de 10 anos ou mais é de R$ 411,25, em média. Em Manguinhos, é de R$ 424,26. Ocupam a quarta e a sétima piores colocações entre 160 bairros da capital fluminense.

Os índices do IBGE mostram ainda que, além da segurança, as comunidades ocupadas têm outras demandas. Ao andar pelas ruas de Manguinhos, deparar-se com lixo na rua é cena comum. Lá, 10,8% dos domicílios queimavam, enterravam ou jogavam em terreno baldio ou no rio seus resíduos - a pior situação entre todos os bairros do Rio. No Jacarezinho, 4,9% dos imóveis não tinham coleta de lixo.

Outra demanda é a coleta de esgoto. Em Manguinhos, 6% dos domicílios jogavam seus dejetos em vala, no rio e sequer tinham acesso à rede de esgoto. No Jacarezinho, o índice não chega a 1%, segundo dados do Censo 2010.

Segundo o IBGE, o Jacarezinho tem 37,8 mil moradores e Manguinhos, 36,1 mil. Juntas, as comunidades ocupadas fazem fronteira com oito bairros.

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