O Ministério do Meio Ambiente do Japão estuda abandonar o projeto de lei que estabelece a meta de reduzir as emissões de gases que provocam o efeito estufa e o aquecimento global em 25% até 2020, diz a edição desta segunda-feira (01) do jornal Nikkei. Na última sessão legislativa da Dieta (a Câmara dos Deputados do Japão), em setembro, o Legislativo havia decidido adiar as deliberações sobre o assunto.
Em sua estratégia de longo prazo para energia e meio ambiente, anunciada no mês passado, o governo revelou o plano de desativar as usinas nucleares até a década de 2030. O plano prevê uma redução de 20% nas emissões dos gases que causam o efeito estufa até 2030, o que é inconsistente com a meta de redução de 25% (em relação ao nível de 1990) prevista no projeto de lei que estaria sendo abandonado agora; o projeto também parte da premissa de que o Japão continuaria a construir usinas nucleares.
Segundo o Nikkei, o Ministério do meio Ambiente argumenta que seria necessário refazer o projeto de lei, com metas numéricas ajustadas, ou reiniciar negociações entre os partidos do governo e da oposição.
Do ponto de vista dos movimentos ambientalistas, o Japão tem um histórico negativo: além de manter a prática de caçar baleias, que provoca manifestações internacionais de repúdio, o governo mentiu à população sobre os níveis de radiação deixados pelo acidente nuclear ocorrido na usina Daiichi, em Fukishima, atingida pelo terremoto e pelo tsunami de março do ano passado. As informações são da Dow Jones.
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