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As cinco entradas do bairro são sinalizadas e monitoradas 24 horas | Gilberto Abelha / Gazeta do Povo
As cinco entradas do bairro são sinalizadas e monitoradas 24 horas| Foto: Gilberto Abelha / Gazeta do Povo

Londrina - Muros altos, portões fechados e câmeras de segurança cercam os casarões do Jardim Bela Suíça, em Londrina. O pequeno bairro é uma das áreas mais nobres da cidade e do Paraná. Com R$ 5.346 de renda média mensal, a localidade é a mais rica do estado – R$ 1,2 mil a mais que a renda do bairro Batel, em Curitiba. Não por acaso, o alto padrão dos imóveis despertou cuidados extras com segurança e transformou o bairro em uma espécie de condomínio fechado.

Os terrenos do Bela Suíça têm mil metros quadrados. Com aprovação da prefeitura, as cinco entradas do bairro tiveram as ruas estreitadas, receberam sinalização, lombada e câmeras de segurança, cujas imagens são monitoradas 24 horas por dia em uma central situada no próprio bairro. "O sistema de segurança é, para mim, a grande vantagem. É um bairro aberto, onde a comunidade se reuniu e assumiu a gerência", explica o arquiteto José Carlos Spagnuolo, responsável pelo projeto.

Todas as medidas tomadas pela segurança no bairro foram, segundo ele, custeadas pelos moradores. "Fizemos obras, melhoramos a iluminação e estamos com o projeto pronto para a revitalização da praça", conta o arquiteto. Outro problema a ser resolvido, segundo ele, é a pavimentação asfáltica, que está bastante danificada. Loca­lizado na Zona Sul de Londrina e margeado pelo Lago Igapó, o Bela Suíça é um bairro pequeno – com 485 moradores – e considerado tranquilo por ser exclusivamente residencial.

No fim da lista

Na extremidade oposta de Londrina está o Jardim União da Vitória. Com população 20 vezes maior que a do Bela Suíça (10.086 pessoas), o bairro tem uma renda mensal média de R$ 404,80. Também localizado na Zona Sul de Londrina, mas mais afastado do Centro, o União da Vitória é quase sempre representado pela criminalidade e tem pouco em comum com o Bela Suíça. Uma das semelhanças é o desejo de permanência dos moradores.

Odete Aparecida dos Santos não troca o União da Vitória por nada. "Construí minha vida nesse bairro. Foi aqui que consegui minha casa, que criei meus sete filhos. Eu amo este lugar. Não saio daqui nem se ganhar na Mega-Sena", garante.

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