“Tão importante como ter direitos é conhecê-los”, defende Katiane Nara de Siqueira, professora da Escola Municipal Regente Feijó, localizada em Telêmaco Borba. A instituição participa do projeto de incentivo à leitura Ler e Pensar e Katiane usa o jornal diariamente como recurso pedagógico, graças ao apadrinhamento da AFK - Associação de Funcionários da Kemira. No último mês de maio, a reportagem “Abuso infantil é chocante e intolerável”, publicada no caderno Vida e Cidadania da Gazeta do Povo, inspirou uma discussão mais profunda com sua turma de 5º ano. “Meu foco era o Estatuto da Criança e do Adolescente. Iniciei resgatando o que eles sabiam sobre o trabalho infantil, por também ser uma violação de direito. Realizamos algumas pesquisas e entrevistas na comunidade. O assunto vinha ao encontro do 18 de maio, Dia Nacional de Combate ao Abuso e à Exploração Sexual de Crianças e Adolescentes. É fundamental que esse tema seja discutido diretamente com eles, pois são as principais vítimas desse tipo de crime. Penso que devem estar bem informados e instruídos para serem capazes de reconhecer uma situação de risco”, comenta.
“É fundamental que esse tema seja discutido diretamente com eles, pois são as principais vítimas desse tipo de crime”
Katiane Nara de Siqueira, professora da Escola Municipal Regente Feijó
As atividades foram desenvolvidas em várias etapas. Após a leitura da matéria, os estudantes assistiram à peça Vim ver Maria, do grupo teatral Soarte, que aborda o tema abuso infantil de forma lúdica. As discussões prosseguiram nos próximos dias, sempre acompanhadas da leitura de notícias. As matérias de telejornais sobre Direitos Humanos também serviam para reforçar o conteúdo visto na escola. Em grupos, a reflexão chegou às relações familiares. Pelo projeto, Katiane já realizou muitos cursos sobre a utilização do jornal em sala de aula e, para envolver a família, promove a circulação da Maleta Viajante, que incentiva a prática de leitura em casa. “Sempre ouvimos falar de pessoas como meros espectadores, que não têm interesse em opinar ou conhecer mais sobre determinado assunto. É papel da escola formar sujeitos capazes de participar e mudar a sociedade. A utilização dos meios de comunicação promove a interação deste sujeito com o mundo por meio de práticas leitoras reflexivas”, afirma.
A produção de uma história em quadrinhos sobre o tema também foi destaque. “Hoje meus alunos estão bem desenvolvidos em relação à leitura e à reflexão. Eles gostam de perguntar, são curiosos. Quando chega o jornal, logo querem ver a charge do dia. O trabalho trouxe informação sobre ações preventivas. E isso gera atitudes de autoproteção, como a denúncia. Eles mesmos criaram o slogan Para o seu bem, disque 100”, conclui Katiane, satisfeita.
Boicote do agro ameaça abastecimento do Carrefour; bares e restaurantes aderem ao protesto
Cidade dos ricos visitada por Elon Musk no Brasil aposta em locações residenciais
Doações dos EUA para o Fundo Amazônia frustram expectativas e afetam política ambiental de Lula
Painéis solares no telhado: distribuidoras recusam conexão de 25% dos novos sistemas
Soraya Thronicke quer regulamentação do cigarro eletrônico; Girão e Malta criticam
Relator defende reforma do Código Civil em temas de família e propriedade
Dia das Mães foi criado em homenagem a mulher que lutou contra a mortalidade infantil; conheça a origem
Rotina de mães que permanecem em casa com seus filhos é igualmente desafiadora