Homenagem
Colegas destacam a capacidade de Malu de fazer amigos
A trajetória profissional de Luiz Alfredo Malucelli e sua capacidade de fazer amigos fizeram com que sua perda fosse sentida por diversas personalidades. Entre elas, o prefeito de Curitiba, Gustavo Fruet (PDT), que falou da proximidade de seu pai, Maurício Fruet, com Malu, e disse que, apesar da rotina diária o impedir de ter um relacionamento mais presente com o jornalista, nunca deixou de acompanhar o amigo. "Eu era um fornecedor de histórias dele, e acompanhava semanalmente suas colunas."
"O Malu foi sempre um colaborador esplêndido do GRPCom. Foi ele quem estruturou a força comercial da RPCTV, nos tempos da TV Paranaense, aliando à competência profissional uma enorme capacidade de relacionamento com o mercado e com a sociedade. Esse talento para encantar as pessoas ele trouxe depois para a Gazeta do Povo, onde se tornou um dos nossos colunistas mais lidos e prestigiados", diz Ana Amélia Cunha Pereira Filizola, diretora da Unidade de Jornais do Grupo Paranaense de Comunicação (GRPCom).
Wilson Serra, diretor de jornalismo da RPCTV, destaca principalmente o bom humor de Malu. "Bem humorado, inteligente, parceiro, criativo. O Malu era isso. Era um contador de causos."
O jornalista Francisco Camargo, por sua vez, destaca a atenção que ele dedicou aos que se aventuravam em seu ofício. "Era uma figura muito interessante. Sempre preocupado em ajudar as pessoas e os colegas de profissão."
Morreu na madrugada de ontem, aos 80 anos, o jornalista e colunista da Gazeta do Povo Luiz Alfredo Malucelli, o Malu. O velório e sepultamento ocorreram na tarde de ontem, no cemitério Parque Iguaçu, em Santa Felicidade. Segundo familiares, Malu foi vítima de um enfarte, e morreu em casa.
Natural de Morretes, no Litoral, Luiz Malucelli se mudou para Curitiba ainda jovem. Foi jogador de futebol, atuando pelo Atlético, Coritiba e Ferroviário (atual Paraná) antes de dedicar-se à comunicação. Depois de trocar a carreira esportiva pela redação, Malu trabalhou em todas as áreas do jornalismo e destacou-se também na publicidade.
Começou escrevendo e comentando sobre esportes, demonstrando interesse também pela fotografia. Foi diretor da Rádio Guairacá até assumir o departamento comercial da TV Iguaçu. Em 1970, foi para a TV Paranaense, Canal 12, onde começou a parceria com o jornalista Francisco Cunha Pereira Filho. Foi quando passou a escrever para a Gazeta do Povo. Ele mantinha uma coluna publicada semanalmente pelo jornal, onde compartilhava histórias e receitas de uma de suas grandes paixões: a culinária.
Gilberto Fontoura, autor da biografia de Malu e seu amigo de longa data, descreve o jornalista como uma pessoa "extremamente feliz" e "workaholic". Para ele, o maior legado de Malucelli consiste nos amigos que ele deixou. "O Malu nos deixa uma lição que supera os ensinamentos de marketing e publicidade: fazer amigos, e manter esses amigos."
Durante o velório, que reuniu familiares e amigos para prestar as últimas homenagens, os companheiros mais antigos se agruparam para comentar os causos de Malu. Conhecido por ser um grande contador de histórias, que os amigos recordam com carinho, o jornalista também gostava de reunir os colegas. Na década de 1970, criou o "Clube do Copinho". Todas as sextas-feiras ele dedicava a reuniões de 10 a 20 pessoas, entre amigos, colegas de trabalho e potenciais parceiros de negócios. Malu recepcionava com um jantar seus convidados. Ali se discutia assuntos como futebol e política.
Apesar de ser aficionado pelo trabalho, Malu nunca negligenciou a família. "Ele sempre soube equilibrar trabalho e família", conta Aldo Malucelli, filho mais velho dos seis que o jornalista deixa. "Quando ele estava com os amigos, ele falava da família. E quando estava com a família, falava dos amigos", completa.
O jornalista Bernardo Bittencout relembra a primeira vez que o amigo foi internado por problemas no coração. "Eu fui visitar ele, perguntei onde ele estava, mas não consegui achar. Ele tinha fugido do hospital", diverte-se. Aldo conta que o pai não conseguia ficar parado. "Toda semana ele visitava ex-clientes do Paraná Banco, onde trabalhou, e ia à Boca Maldita. É onde ele buscava as histórias e os causos que contava em suas colunas."Malu
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