A presidente do Sindicato das Empregadas e Trabalhadores Domésticos da Grande São Paulo, Eliana Gomes de Menezes, entrou com um processo na Justiça paulista contra a jornalista Michelline Borges, que afirmou em sua conta no Twitter que "médicas cubanas têm cara de empregada doméstica".
Após o desembarque dos primeiros médicos estrangeiros que atuarão no país, no mês passado, a jornalista, que vive no Rio Grande do Norte, escreveu: "me perdoem se for preconceito, mas essas médicas cubanas têm uma cara de empregada doméstica. Será que são médicas mesmo?"
Segundo o sindicato, a jornalista "menospreza a potencialidade das médicas cubanas e trata com desprezo e discriminação as nossas empregadas domésticas". Com isso, a presidente da instituição entrou com um processo na Justiça pedindo indenização de R$ 27.120, por danos morais."A questão não é a indenização. Nós queremos mostrar para essa jornalista que empregada tem orgulho da profissão, não há nenhum demérito nisso. As declarações dela foram extremamente preconceituosas. Por isso, achamos que isso não poderia passar impune", disse a advogada Fabíola Ferrari, que representa Menezes na ação.A reportagem tentou contato com a jornalista, por telefone, na noite de hoje, mas ninguém atendeu as ligações. Após a polêmica causada pelos comentários, ela disse na semana retrasada que falou "em um momento infeliz.""Não tenho preconceito com ninguém, trato bem as pessoas, sei o valor de cada profissão e realmente peço desculpas aos empregados domésticos, aos jornalistas, aos médicos. As pessoas cometem erros e tenho humildade para reconhecer quando acontece comigo", afirmou a jornalista.