Esta semana, uma nova denúncia de agressão a homossexuais veio à tona – a sexta desde que se iniciou a onda racista de 2005. Há dois meses, quando se dirigia ao ponto de ônibus da Praça Rui Barbosa, num domingo de manhã, por volta das 6h30, R.S., 30 anos, e um amigo, foram agredidos por dois homens. Segundo R.S., os agressores – que partiram para o ataque logo que viram os dois homossexuais – estavam vestidos de preto e tinham o cabelo raspado bem rente. R.S. teve apenas escoriações leves. Já o amigo ficou com o olho roxo por um tempo.

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Sobre a afirmação do delegado Marcus Michelotto, do Cope, de que não há necessidade para pânico entre homossexuais e negros, a visão de R.S. é bem diferente. "Há duas semanas, desde o caso do rapaz que levou uma tesourada, não saio para me divertir. Nós estamos com medo e não temos segurança", alega.

Além do medo, R.S. convive com outro sentimento: a indignação. "É revoltante. Trabalho pesado a semana inteira e no fim de semana, quando quero curtir, não posso sair de casa porque tenho medo de ser agredido sem o menor motivo e a qualquer hora", ressalta. (MXV)

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