Uma jovem de 18 anos registrou um boletim de ocorrência na segunda-feira (19) após ter sido atacada durante o fim de semana por um homem na estação-tubo da praça Eufrásio Correia, no centro de Curitiba. De acordo com a mulher, o suspeito a teria espetado com um tipo de seringa. Ela foi socorrida ao hospital, onde começou a tomar um coquetel de remédios e a investigação está cargo do 1º Distrito Policial.
Mulheres têm relatado ataques com seringa em São Paulo desde o mês de julho deste ano. Os primeiros casos foram registrados na Avenida Paulista. De lá para cá, a polícia prendeu dois suspeitos de praticarem os crimes em ocorrências distintas. O caso de Jhenifer Inácio, porém, foi o primeiro a se ter notícia em Curitiba.
Segundo Jhenifer, a agressão ocorreu por volta das 17h30. Ela voltava do shopping Palladium, onde trabalha como promotora de atendimento de um fast food. A jovem mora em Pinhais, na região metropolitana, e havia desembarcado no tubo da Praça Eufrásio Correia para fazer a baldeação com a linha Pinhais-Rui Barbosa.
“Foi tudo bem rápido. Desci da linha Santa Cândida para pegar o biarticulado para Pinhais. Quando estava andando no tubo, senti uma dor e não entendi no começo. Mas vi o homem passando com a seringa e olhei pra trás. Foi quando notei que meu vestido estava ensanguentando. Gritei perguntando o que ele tinha feito e o homem sai correndo pela canaleta”, disse Jhenifer.
Assustada, a jovem diz ter procurado primeiramente o Hospital do Cajuru. Em seguida, conta ela, foi transferida para o Hospital do Trabalhador por causa da medicação que teria de tomar. Já na segunda-feira, a jovem procurou o plantão do 1º Centro Integrado de Atendimento ao Cidadão, que funciona na Rua André de Barros, no centro de Curitiba, para registrar o boletim de ocorrência da agressão. “Estou tomando um coquetel que é muito forte. Ele está dando vários efeitos colaterais. Estou com vomitando, tenho enjoo e tontura”, contou. O medo maior, porém, é com as consequências.
“Na hora pensei que pudesse ter sido infectada. O médico me disse que, nesses casos, é mais fácil pegar uma hepatite do que o vírus do HIV, por exemplo. Ele me contou que o HIV não fica muito tempo vivo fora do corpo. Minha mãe ficou em choque. Minha família inteira está preocupada. Estão todos me ligando o tempo todo.”
A Polícia Civil confirmou o registro da ocorrência e disse que o 1º Distrito Policial já começou as investigações, com a solicitação de exames periciais de praxe. Jhenifer foi afastada do trabalho por três dias e procurará os médicos que atenderam para passar por uma reavaliação ao final desse período.
A assessoria de imprensa da secretaria estadual da Saúde informou que Jhenifer deu entrada no Hospital do Trabalhor, foi atendida no pronto-socorro e recebeu alta no mesmo dia. Nos próximos dias, ela deverá retornar para receber atendimento ambulatorial e será acompanhada para realizar demais exames. Neste tipo de situação, diz a pasta, “não é possível falar de diagnóstico ou aprofundar o caso”.
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