Um jovem de 22 anos afirma ter sido agredido por seguranças após beijar outro rapaz em uma boate de Balneário Camboriú, no litoral de Santa Catarina. O caso ocorreu na madrugada de sábado (6) na boate 2ME e ganhou repercussão nas redes sociais. No Facebook, Barbosa mostrou ferimentos no rosto e contou que foi abordado por um segurança logo após o beijo.
"Com uma cotovelada no peito ele me disse: "Não quero ver você beijando mais aqui dentro". No momento fiquei sem reação, perguntei o que estava fazendo de errado, foi aí que meus amigos se revoltaram e começaram a chamar o mesmo de homofóbico", escreveu.
Barbosa relata que, em seguida, um dos seguranças o segurou pelo pescoço e o levou para fora da boate. "Começaram a me agredir me chamando de viadinho de merda e até me ameaçaram falando que iriam me matar e só pararam quando meus amigos chegaram na frente da 2ME", diz.
"Estou em choque com tudo que aconteceu, estou com o nariz quebrado, minha cabeça não para de doer e tomando remédios e tenho que me calar?" Os seguranças foram levados à delegacia, e o caso foi registrado como lesão corporal.
Eles ficarão em liberdade porque a ocorrência foi considerada de "menor potencial agressivo", segundo a delegada Maria de Fátima Ignácio. Os dois homens e o rapaz agredido assinaram termo de compromisso e devem se apresentar à Justiça somente em agosto.
Outro lado
A 2ME, ligada ao grupo Green Valley, negou que o episódio tenha sido causado por "qualquer conotação relativamente à opção sexual".
Em nota, disse que o problema ocorreu devido a um tumulto gerado pela "conduta inapropriada" de um grupo de clientes.A boate diz que um produtor e um segurança foram agredidos pelo grupo e que um dos integrantes foi abordado quando se recusou a pagar a conta. O cliente, segundo a casa, "revidou a abordagem verbal através de uma agressão física, promovendo uma briga".
O rapaz contesta a versão da boate e diz que não reagiu em nenhum momento.A 2ME afirma ter afastado a equipe de segurança, que é terceirizada.