Daniel Merbold, de 24 anos, foi condenado a 78 anos de prisão pelo assassinato dos jovens Johnny André Matos Glasser, de 19 anos, e Marcos Antônio Holdefer, de 18. Os dois foram surpreendidos e mortos na madrugada do dia 16 de julho do ano passado, quando lanchavam em frente a uma casa noturna de Foz do Iguaçu, no Oeste do estado. O julgamento realizado na tarde desta terça-feira (16) no Fórum de Justiça lotou o Tribunal do Júri.
O advogado de defesa, Thiago Augusto Griggio, deve recorrer da sentença. Preso desde julho do ano passado, Merbold nega ter cometido o crime e se recusou a prestar depoimento perante o juiz Rodrigo Giacomin. A maior parte da pena, 58 anos, é relativa aos dois crimes de homicídio. Outros 19 anos e seis meses pelo roubo de três veículos utilizados na fuga, além de seis meses por resistência.
Na sentença, o juiz destacou que as duas vítimas foram assassinadas de maneira covarde e sem chances de defesa. Lembrou ainda que os dois eram estudantes universitários, trabalhadores e muito conhecidos, o que causou uma "enorme sensação de insegurança em toda a sociedade". Ele ressaltou que o condenado já havia cumprido pena por outros crimes e que admitiu estar até então atuando no transporte de mercadorias ilícitas do Paraguai.
Ao final do julgamento que durou cerca de cinco horas, o pai de Johnny, Adalto Glasser, se disse aliviado. "A condenação dos culpados não vai trazer os nossos meninos de volta, mas com certeza a justiça foi feita e isso servirá para mostrar que casos como esses não ficarão mais impunes", desabafou. "Esperamos também que isso seja um exemplo para que ninguém mais pratique este tipo de crime", completou o tio de Marcos, Carlos Holdefer.
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