O caso

A professora Ana Paula Marino Cezar levou facadas nas costas, braços e mãos durante a aula, na quinta-feira (4), em Piraquara, e foi levada de helicóptero ao Hospital Angelina Caron. O jovem acusado de desferir os golpes fugiu e largou a arma do crime na sala de aula. Policiais militares foram acionados e encontraram o adolescente perto da escola.

O jovem permanece na Delegacia de Piraquara. O inquérito, segundo o delegado, deve ser encerrado na próxima semana. O adolescente deve responder por tentativa de homicídio e, se continuar sob a custódia da Justiça, permanecerá em regime fechado no Centro de Socioeducação São Francisco, em Piraquara.

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A Polícia Civil acredita que o jovem acusado de ter esfaqueado uma professora durante a aula, em Piraquara, Região Metropolitana de Curitiba, na quinta-feira (4), premeditou a ação. O adolescente de 14 anos teria mudado seus hábitos dentro de sala de aula no dia em que cometeu o ato, se comparado com suas atitudes em dias anteriores. O jovem permanece na Delegacia de Piraquara.

De acordo com o delegado Guilherme Fagundes, de Piraquara, o jovem não costumava se sentar nas primeiras carteiras da classe. No dia da ação, ele mudou essa atitude. "Ele pegou uma faca de cozinha de casa e, dentro da sala, se sentou em uma das carteiras da frente. A aula começou às 11 horas e terminava às 11h50. Ele esperou 45 minutos de aula para tomar a atitude, quem sabe para esperar o melhor momento ou tomar coragem", explica Fagundes.

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Os investigadores da delegacia ouviram a diretora do Colégio Estadual Ivanete Martins de Souza, onde ocorreu a agressão, além de outras testemunhas, como colegas de classe. Outras pessoas ainda devem ser ouvidas. Segundo o delegado, a professora Ana Paula Marino Cezar, a vítima da ação do adolescente, também foi ouvida nesta sexta-feira (5), no hospital em que está internada.

A investigação também aborda o histórico do aluno em sala de aula, para saber possíveis antecedentes de violência, apesar de esta não ser a parte central do inquérito. Testemunhas relataram à Polícia Civil que o jovem tinha atitudes ríspidas com funcionários, mas nunca apresentou comportamento violento em sala de aula.

Motivo

O delegado ainda não sabe o real motivo pelo qual o adolescente teria tomado essa atitude. Até o momento, segundo Fagundes, a investigação tem como base uma reunião que ocorreu um dia antes da violência. "No dia 3, houve uma reunião entre pais de alunos do 9.° ano, coordenadores e professores e foram abordadas questões de indisciplina e comprometimento dos alunos em sala de aula", diz.

Não há informações, de acordo com o delegado, sobre a agressão ser motivada por possíveis notas baixas do aluno na disciplina. "Por enquanto, acreditamos em um possível ódio que o aluno demonstrava pela professora", diz o delegado. O pai do aluno foi ouvido na quinta-feira (4) e, segundo o delegado, se mostrou surpreso com a atitude do filho.

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Recuperação

Segundo o Hospital Angelina Caron, em Campina Grande do Sul, Região Metropolitana de Curitiba, a professora Ana Paula permanece internada na enfermaria e passa bem. Seu quadro de saúde é estável. A docente deve passar por exames no sábado (6) para que os médicos decidam se ela receberá alta médica.