Os médicos do Hospital Vita, em Curitiba, confirmaram ontem que a jovem baleada no Morro do Boi, em Caiobá, está paraplégica. O diagnóstico, porém, ainda não é definitivo. Acredita-se que a jovem ainda tenha chances de voltar a andar após sessões de fisioterapia. "O exame final sobre a paraplegia ainda não foi feito porque ela continua sentido dores e, por isso, decidimos mantê-la anestesiada (sem sedação) para evitar que sofra ainda mais", afirmou o chefe da Unidade de Terapia Intensiva (UTI) do Vita, Hipólito Carraro Junior.
Apesar disso, a jovem já consegue ficar sentada, não apresenta quadros de infecção, consegue movimentar os braços, respirar naturalmente e se comunicar, mesmo com certa dificuldade. "Talvez sábado ou domingo ela tenha condições de sair da UTI. Ainda não é certeza, porque na UTI cada dia é um dia", explica o diretor-clínico do hospital, Jackson Miguel Baduy.
Abalada emocionalmente, a jovem ainda não tem condições de conversar com a polícia para ajudar a encontrar o criminoso que atirou contra ela e contra seu namorado, o estudante Osíris Del Corso, que morreu na hora. A equipe de psicólogos do hospital espera que ela se recupere mais para contribuir com as investigações.
"Quando ela foi resgatada, ainda estava consciente. Depois foi sedada para descansar, porque estava havia 48 horas sem dormir. Para reativar tudo o que aconteceu, desde o início do passeio até o momento dos tiros, será massacrante. Não tenham dúvidas de que ela pode fazer confusão, por isso esperamos que ela tenha melhores condições psicológicas para dar as respostas certas", diz o médico Baduy.
O pai da jovem contou como foi o primeiro contato: "ela gesticulou com os dedos a letra "O" na barriga". Ele achou que a filha sentia dores, por isso chamou os médicos. Mas ela queria mesmo era falar. Recebeu uma prancheta e escreveu o nome do namorado Osíris. "Ela ouviu dos bombeiros, quando eles chegaram, que o rapaz estava morto. Mas, com a sedação, ficou confusa. Agora já esclarecemos tudo. Eles eram um casal muito unido", afirma o pai. A moça, ontem à tarde, também falou com um dos irmãos e com a mãe dela. Perguntou se os familiares tinham ido ao velório de Osíris e afirmou estar viva graças e ele, que a protegeu.
Sobre o crime, o pai só conseguiu confirmar com ela que o criminoso não era alguém conhecido do casal. Ontem à noite, o pai foi à missa de 7º dia de Osíris Del Corso. Amanhã, pretende fazer parte da passeata contra a violência, que sai da Praça Santos Andrade, às 10 horas.
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