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O estudante Jackson Luis de Souza, 17 anos, morreu ao disparar um tiro contra a própria cabeça, ontem de manhã, em Curitiba, durante uma brincadeira com um revólver conhecida como roleta-russa. O adolescente estava na companhia de outros quatro jovens e um adulto em uma praça ao lado do Colégio São Pedro Apóstolo, na Vila São Pedro, bairro Xaxim. Um amigo da vítima teria levado a arma.

De acordo com a Patrulha Escolar, Jackson pulou o muro da escola para escapar da aula e foi ao encontro de outros dois rapazes. Na praça, o estudante pegou a arma de um amigo do colégio, que estava junto com um adulto, conhecido como Bruno. "Ele começou a brincar com o revólver, que estava descarregado, e apontou para os amigos", disse o investigador da Delegacia de Homicídios (DH), Anderson Magalhães.

Algum tempo depois, os três se dirigiram até uma mesa da praça onde outras três adolescentes estavam conversando. Jackson continuava a brincar com o revólver. Segundo a polícia, Bruno teria dito que a arma era velha e não funcionava. "Ele tirou sarro dizendo que o revólver era todo enferrujado e que não prestava. Como resposta, ele ouviu a seguinte frase: ‘Qual de nós dois vai morrer hoje?’", contou o investigador.

Logo depois da pergunta Jackson pôs uma bala na arma, girou o tambor do revólver várias vezes, apontou para a cabeça e disparou. O tiro atingiu o ouvido e atravessou o crânio do adolescente. Pensando que tudo não passava de uma brincadeira, as estudantes só deram conta de que o amigo estava ferido, quando viram o sangue se espalhar pelo chão. As adolescentes desesperadas correram até a diretoria do colégio para comunicar o fato. Uma viatura da Patrulha Escolar ainda acionou uma ambulância do Siate, mas Jackson já estava morto.

Em depoimento, as três jovens disseram que um dos amigos teria levado a arma e que, depois do tiro, ele a pegou e foi embora. Bruno também teria fugido do local. A polícia não encontrou o revólver, nem a bala que matou o adolescente. O corpo do rapaz foi encaminhado ao Instituto Médico Legal (IML), onde passaria por exame para constatar a existência de resíduos de pólvora nas mãos de Jackson.

Até o fim da tarde de ontem, a família do jovem não tinha comparecido ao IML para identificar o corpo e nem na delegacia para registrar o boletim de ocorrência. A direção do colégio foi contatada, mas não quis comentar o fato.

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