Gérson Ferreira de Lima, de 19 anos, acusado de ter atirado contra um casal no estacionamento do Carrefour, em Pinhais, se apresentou à polícia, nesta quarta-feira (5). O amigo dele, Wellington Bandera, também de 19 anos, que acompanhava Lima no momento do crime também se entregou. O delegado Fábio Amaro, responsável pelas investigações, informou que os jovens foram indiciados por tentativa de duplo homicídio, mas, como não houve flagrante, eles vão responder em liberdade pelo crime.
O caso ocorreu na tarde de segunda-feira (3), quando Marco Antonio Moro Júnior, de 28 anos, e Jim Chang, de 19, foram atingidos por vários tiros, no estacionamento do hipermercado. De acordo com o delegado, Lima fazia compras no mesmo estabelecimento e, assim que avistou Moro Júnior, foi em casa pegar a arma de fogo, com a qual efetuou os disparos.
O delegado disse que, em depoimento, Lima confirmou ser integrante de uma torcida organizada do Atlético Paranaense e que, há cerca de seis meses, havia sido agredido fisicamente por Moro Júnior, que seria torcedor do Coritiba. "O acusado alegou que cometeu o crime porque vinha sendo ameaçado pelo outro jovem", explicou o delegado. Na terça-feira (4), Amaro já havia descartado a hipótese inicial de latrocínio (roubo seguido de morte) e apontou que a motivação do crime poderia estar relacionado às desavenças entre os torcedores.
Nesta quarta-feira, Moro Júnior permanecia internado no Hospital Cajuru, em Curitiba. O estado de saúde do jovem era considerado estável, mas ainda não havia previsão de alta. Já o quadro clínico de Jim Chang era considerado gravíssimo pelo Hospital do Trabalhador, onde ela está hospitalizada. De acordo com a assessoria de imprensa, ela permanece em coma na Unidade de Terapia Intensiva e não houve progressos no estado de saúde dela.