Três pessoas, entre elas dois adolescentes de 15 e 17 anos, foram mortas na manhã de ontem, no bairro Prado Velho, em Curitiba. O crime estaria relacionado à rixa entre gangues da Vila das Torres e já tem um suspeito identificado. De acordo com o delegado Alfredo Dib, da Delegacia de Homicídios, o caso pode ter ligação com o assassinato de um menino de 11 anos, cometido na última quarta-feira, na mesma região da cidade.
O triplo homicídio ocorreu pouco depois das 9 horas desta segunda-feira, segundo relatos dos moradores. Quatro homens entraram na casa de três peças onde moravam Romário Felipe de Almeida, 18 anos, e um jovem de 17 anos e efetuaram vários disparos. No local, também foi morto um adolescente de 15 anos, que a família não soube informar o que fazia lá no momento do assassinato. "Ele ia tomar café e saiu de repente", contou uma irmã do jovem. Os ferimentos dos três foram causados por uma espingarda calibre 12 e uma automática, de 9 mm. Um dos rapazes estava escondido embaixo de um estrado de madeira.
"Há uma divisão enorme de território, onde uma (das gangues) não pode passar para o lado da outra. Tudo tem a ver com o tráfico de drogas", avalia o delegado. O triplo homicídio, segundo ele, teria sido cometido por alguém da chamada gangue de cima. Os jovens mortos ontem não teriam envolvimento direto na morte do menino de 11 anos, na quarta-feira, mas eram supostos integrantes do mesmo grupo suspeito de ter cometido o homicídio. Dib não deu detalhes sobre quem seria o suspeito já identificado.
Para a família dos dois adolescentes, nenhum dos dois jovens estaria envolvido no crime da criança. "Quero que provem que meu filho tem algo a ver com o assassinato do menino", diz, indignada, a catadora de papel Ana Rosa dos Santos, 37 anos, mãe do adolescente de 17 anos. A irmã do outro adolescente conta que ele era estudante da 7.ª série e conhecia as outras vítimas por terem crescido juntos no bairro.
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