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O juiz Rudi Baldi Loewenkron, da 33ª Vara Criminal do Rio, determinou o arquivamento do processo no qual o ator e vendedor Vinícius Romão de Souza, 27, era acusado de roubo. Ele ficou preso por 16 dias, após ser identificado como o responsável pelo assalto à copeira Dalva Moreira da Costa.

O ator foi solto apenas depois de a vítima do assalto ter dito que tinha ficado em dúvida se ele tinha sido realmente o autor do roubo. A bolsa que teria sido roubada não foi encontrada com ele.

Segundo a assessoria de imprensa do Tribunal de Justiça do Rio, a decisão judicial acolhe parecer do Ministério Público estadual, que fundamentou seu pedido de arquivamento do caso por "carência de justa causa para a deflagração de ação penal".

Ontem, o advogado Rubens Nogueira falou sobre sua preocupação com relação ao arquivamento do processo. "A opção por arquivar por falta de provas implica no fato de que o réu ainda poder ou não ser culpado. Seria melhor que o juiz absolvesse Romão, determinando que ele não participou do assalto", argumentou.

Em depoimento na Coinpol (Corregedoria Interna da Polícia Civil), na manhã de ontem, Vinícius Romão de Souza relatou o sumiço de seus bens durante a prisão.

O delegado Niandro Lima afirmou que uma sindicância foi aberta para averiguar o que aconteceu no caso de Romão. Segundo o advogado Rubens Nogueira, o pai de seu cliente, Jair Romão, só recebeu de volta a carteira do filho, com R$ 10 e o documento de identidade.

Em nota, a Coinpol informa que a investigação preliminar vai avaliar a conduta do policial civil Waldemiro Antunes de Freitas Junior, lotado na 11ª DP (Rocinha), que fez a abordagem do ator e apresentou a ocorrência à delegacia, e do delegado de plantão na 25ª DP, William Lourenço Bezerra, responsável por lavrar o flagrante.

A copeira disse que chegou a pensar em retornar à polícia no dia seguinte para "retirar a queixa", e que só não o fez por não ter o dinheiro da passagem. Disse ainda que o policial que passava pelo local e prendeu o jovem em flagrante, "mesmo hesitante", só o conduziu à delegacia porque ela o reconheceu na hora como autor do crime.

O ator fez parte do elenco da novela "Lado a Lado", da TV Globo. Formado em psicologia, nos últimos meses, trabalhava como vendedor em um shopping na zona norte do Rio e voltava para casa na hora da abordagem policial. Segundo o advogado, ele ainda não retomou o trabalho no shopping.

No último dia 7 de março, foi preso Dione Mariano da Silva, 24, suspeito de ser o responsável pelo assalto a copeira que acusou, por engano, o ator. Silva foi encontrado no Engenho de Dentro (zona norte), mesmo bairro onde houve o assalto. Segundo moradores do bairro, ele é morador de rua.

Com Silva foi encontrado um revólver e munição, por isso ele foi autuado em flagrante por porte ilegal de arma.

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