São Paulo O juiz Edemar Gruber, de Joaçaba (SC), determinou ontem o bloqueio do prêmio de R$ 27,7 milhões da Mega-Sena pago a uma aposta feita na cidade, de acordo com os advogados do marceneiro Flávio Júnior Biass. Ele acusa o chefe de ter se apropriado indevidamente do bilhete premiado e do dinheiro.
Na ação cautelar movida em defesa do marceneiro, os advogados dizem ter testemunhas do momento em que ele deu um papel com as seis dezenas premiadas ao patrão, incumbido de registrar o jogo em uma lotérica; e do momento em que, após o sorteio, o patrão telefonou para familiares do marceneiro para comunicar o acerto.
De acordo com o advogado Francisco Assis de Lima, outro argumento apresentado ao juiz foi o de que há notícias de que, depois de retirar o prêmio em uma agência da Caixa Econômica Federal, o patrão distribuiu partes dele entre parentes. "Isso é uma clara demonstração de má-fé, de intenção de se desfazer do valor", afirmou o advogado à reportagem.
Pelas informações prestadas à Caixa, em Joaçaba, o prêmio foi dividido entre cinco pessoas que acertaram com apenas uma aposta no valor de R$ 1,50.
Os outros R$ 27,7 milhões do prêmio foram entregues a uma aposta de Rondônia. Lá, o dinheiro foi dividido entre 13 pessoas, de acordo com a Caixa.