A casa do juiz federal Luiz Carlos Canalli, diretor do fórum da Justiça Federal de Umuarama, foi alvejada por disparos de pistola 9 milímetros na madrugada desta sexta-feira (19). Pelo menos dez tiros foram disparados e os sinais dos projéteis estão por todos os lados. Ninguém ficou ferido.
É o segundo atentado contra juiz federal em Umuarama em sete meses. O primeiro foi no dia 28 de fevereiro passado. O outro juiz federal da cidade, Jail Benites de Azambuja, teve o carro atingido por vários tiros na garagem no início da noite. A investigação ocorre em segredo de justiça e o desfecho não foi divulgado.
O atentado desta sexta aconteceu por volta das 5 horas. Canalli disse que foi acordado pelos tiros, mas no começo nem sabia que eram em direção à casa dele. O juiz ligou para a Polícia Militar (PM) e só verificou o fato quando os policiais chegaram.
Os disparos atingiram a garagem da casa de Canalli. As marcas dos tiros ficaram nas paredes, portão e nos dois carros que estavam estacionados: uma picape Fiat Strada e um Citröem Xsara. O delegado da Polícia Federal em Guaíra, Érico Saconato, assumiu as investigações.
Uma entrevista coletiva foi realizada na seda da PF do município durante a tarde, mas o juiz alegou que estava muito abalado e não falou sobre o atentado. Canalli disse apenas que está há 15 anos na Justiça Federal e nunca sofreu qualquer tipo de intimidação. Participaram da coletiva o superintendente da Polícia Federal, Deusi Carlos Teixeira, e o diretor do foro da seção judiciária do Paraná, Marcelo Malucelli.
Eles disseram que foi criada uma força-tarefa para investigar o caso. Ainda não há suspeitos do crime e não se sabe se o atentado tem ligação com a tentativa de homicídio contra o juiz Azambuja.
