O Tribunal de Justiça de São Paulo decidiu nesta quarta-feira (9) soltar o casal Luana Bernardo Lopes, 19, e Humberto Caporalli, 19, conhecido nas redes sociais como "Humberto Baderna", presos anteontem durante um protesto no centro de São Paulo.

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Eles foram enquadrados na Lei de Segurança Nacional, que prevê pena de três a dez anos a quem praticar crimes como sabotagem contra instalações militares, meios de comunicações, estaleiros, portos e aeroportos. A SAP (Secretaria da Administração Penitenciária) não confirmou se Luana já havia saído do CDP (Centro de Detenção Provisória) de Franco da Rocha (Grande SP) ou se Humberto deixou o CDP do Belém.

A polícia diz que eles foram presos com quatro latas de spray, uma bomba de gás lacrimogêneo "aparentemente utilizada" e uma cartilha de como se portar em protestos. Policiais afirmaram que eles picharam prédios, incitaram a violência e ajudaram um grupo a virar um carro da polícia de ponta-cabeça.

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A defesa diz que eles estavam no ato, mas não participaram de nenhum ato vandalismo. E que a bomba apreendida na mochila do rapaz era só um pedaço do objeto, guardado como recordação.

"Humberto Baderna" usa o apelido em referência à anarquista italiana Marietta Baderna (1828-1870), exilada no Brasil alegando perseguição política.

Luana é descrita por uma amiga como delicada, romântica, que gosta de escrever poesia e de fotografia.