São Paulo A Justiça Federal negou o pedido de um acordo de delação premiada do traficante colombiano Juan Carlos Ramírez Abadía e cinco acusados de participar de sua quadrilha. Os outros integrantes do grupo também pediram a revogação da prisão preventiva, que foi negada pela Justiça. A quadrilha é acusada de lavagem de dinheiro do tráfico, formação de quadrilha, uso de documento falso e corrupção ativa.
O juiz federal Fausto Martin De Sanctis, da 6.ª Vara Criminal indeferiu os pedidos feitos pela defesa de Abadía, Ana Maria Stein, Daniel Braz Maróstica, Aline Nunes Prado, Victor Garcia Verano e da mulher do megatraficante, Yessica Paola Rojas Morales.
Abadía é considerado pelo Drugs Enforcement Administration (DEA, a agência antidrogas dos Estados Unidos) um dos maiores traficantes do mundo. O colombiano foi preso em agosto deste ano na Operação Farrapos da Polícia Federal. Ele teria fugido para o Brasil em 2004 após o pedido de extradição formulado pelos Estados Unidos.
Yessica é apontada como a responsável pela contabilidade da suposta quadrilha e pelos pagamentos.
Para fazer o acordo da delação premiada, a defesa de Abadía alegou que o colombiano teria colaborado com as investigações desde a fase de interrogatórios, com esclarecimentos sobre os crimes que teria praticado no Brasil. Segundo a Justiça, os advogados alegaram que Abadía indicou valores que não teriam sido descobertos pela polícia sem a sua atuação, além de apontar as pessoas que o auxiliavam em seus negócios e confessar a autoria de alguns crimes.
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