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A procuradora aposentada, em entrevista ao Jornal Nacional: "Não posso permitir que a criança se comporte mal na hora da refeição" | Reprodução / TV Globo
A procuradora aposentada, em entrevista ao Jornal Nacional: "Não posso permitir que a criança se comporte mal na hora da refeição"| Foto: Reprodução / TV Globo

O juiz Mário Henrique Mazza, da 32ª Vara Criminal, negou na terça-feira o pedido de prisão domiciliar para a procuradora aposentada Vera Lúcia Gomes, como informou a coluna do Ancelmo Gois. Ela é acusada de torturar menina de dois anos que pretendia adotar. Desde o dia 13 de maio, a procuradora está presa na Penitenciária Nelson Hungria, no Complexo de Gericinó, em Bangu.

A defesa alegou no pedido que a acusada encontra-se "em estado deplorável, descalça, descabelada, bastante trêmula e recusando qualquer alimentação, em busca de remédios que não podem lhe ser fornecidos pela direção do presídio, sem determinação de médico do sistema penal, que no momento não se encontrava na unidade prisional".

O juiz ressaltou, no entanto, que a prisão domiciliar é medida excepcionalíssima. Para ele, as argumentos da defesa não justificam o benefício, pois a "procuradora não é maior de 70 anos e não há provas de que esteja acometida de doença que não possa ser tratada no sistema penitenciário".

O advogado de Vera Lúcia, Jair Leite Pereira, informou que não vai recorrer da decisão, mas entrará com ação, na segunda-feira, no Superior Tribunal de Justiça, em Brasília, para tentar obter um habeas corpus.

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