O juiz Jesseir Coelho de Alcântara, da 13ª Vara Criminal de Goiânia, decretou nesta quinta-feira (4) a prisão do médico Dionísio Marcelo Caron, de 45 anos, na terça (2). Ele é acusado da morte da advogada Janet Virginia Novais Falleiro de Figueiredo, sua ex-concunhada, que teve o intestino perfurado após ser submetida a uma cirurgia de lipoaspiração, em 2001, num hospital de Goiânia.

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O juiz Jesseir Alcântara alegou, na ordem de prisão, que o processo contra Caron, acusado de homicídio qualificado, não avança porque, além de não se apresentar à Justiça, quando intimado, o acusado tornou-se uma pessoa difícil de ser localizada pelos oficiais de Justiça.

Cirurgião sem diploma de especialização, e com o registro de médico cassado pelo Conselho Federal de Medicina (CFM), Dioniso Caron tem contra si o registro de cinco mulheres - inclusive da advogada Janet Figueiredo - que morreram após serem submetidas às lipoaspirações. E de 19 outras mulheres que sofreram mutilações no corpo por erro do médico.

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De acordo com dados do processo, o engenheiro civil Vanius Chaves de Figueiredo, viúvo da advogada Janet Figueiredo, garantiu ao juiz Jesseir Alcântara que um dia após se submeter à lipoaspiração com Marcelo Caron, sua mulher começou a reclamar de dores. Preocupado, acionou o então cirurgião plástico por telefone. Até sugeriu a realização de Raios-X, que o médico considerou um exame desnecessário.

As 19 mulheres que sofreram mutilações no corpo durante as cirurgias praticadas pelo médico, acabaram tendo que se submeter a cirurgias reparadoras. Entre as mutilações mais comuns estavam auréolas dos seios fora do lugar, formato desproporcional dos seios, e cortes que resultaram em deformidades.