Belo Horizonte - A juíza Marixa Fabiane Lopes Rodrigues, do 1.º Tribunal do Júri do Fórum de Contagem, na região metropolitana de Belo Horizonte (MG), recebeu ontem a denúncia do Minis­tério Público contra o ex-goleiro do Flamengo Bruno Fer­nandes e outros oito acusados de envolvimento no desaparecimento da ex-amante do atleta, Eliza Samudio, ocorrido no início de junho. Com isso, os acusados passam a ser réus e permanecem presos preventivamente.

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A namorada de Bruno, Fer­nanda Gomes de Castro, foi presa no fim da tarde de ontem. Ela estava em Ribeirão das Neves (MG), na casa do pai de Luiz Henrique Ferreira Romão, o Macarrão, braço direito do goleiro.

Os demais acusados já estão presos há um mês por força de mandado de prisão temporária, que venceu à meia-noite de ontem. "Nós acreditamos que a liberdade [deles] agora pode prejudicar a instrução criminal", afirmou Gustavo Fantini, promotor que assinou a denúncia apresentada à Justiça com os também promotores Lu­ciano França da Silveira Júnior e André Luís Garcia de Pinho.

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O corpo de Eliza ainda não foi encontrado, mas a polícia afirma não ter dúvidas de que ela foi assassinada a mando de Bruno. O MP denunciou oito acusados por homicídio triplamente qualificado, ocultação de cadáver, corrupção de menores, sequestro e cárcere privado. Já o ex-policial civil Marcos Aparecido dos Santos, o Bola, apontado pela polícia como responsável pela execução de Eliza, foi denunciado por homicídio triplamente qualificado e ocultação de cadáver. O adolescente de 17 anos, primo do goleiro, também envolvido, teve representação encaminhada à Justiça, com pedido de internação por até três anos, mas ainda não há decisão.

Além de Bruno, Fernanda e o ex-policial, também são réus a ex-mulher do goleiro, Dayanne Rodrigues do Carmo Souza; o braço direito do jogador, Luiz Henrique Ferreira Romão, o Macarrão; Wemerson Marques de Souza, conhecido como Coxinha; Flávio Caetano de Araújo; Elenilson Vitor da Silva; e um primo do jogador, Sérgio Rosa Sales.

Desaparecimento

Eliza Samudio está desaparecida desde 10 de junho. Pelas investigações da Polícia Civil mineira, ela teria sido sequestrada em 4 de junho por Ma­­carrão e pelo adolescente em um hotel no Rio e teria sido mantida em cárcere privado na casa do goleiro. Em seguida, foi levada para ao sítio de Bruno, em Vespasiano (MG), onde também foi mantida presa até ser levada à casa do ex-policial para ser executada.

A jovem cobrava na Justiça que Bruno reconhecesse a paternidade do filho dela, um bebê de cinco meses que está sob a guarda da avó materna no Mato Grosso.

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